Elétricos e híbridos a crescer na Europa. Tudo o resto está a cair

As notícias não são totalmente novas. Apesar da queda do mercado europeu registada em fevereiro de 2025 (-3,1% e 963 540 unidades), as vendas dos elétricos voltaram a disparar, como já tinha acontecido em janeiro.

Agora, munidos de mais dados publicados pela ACEA (Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis), ficamos a saber que, além dos elétricos, também as vendas dos híbridos (não plug-in e mild-hybrid) subiram, com todas as restantes tecnologias — híbridos plug-in, gasolina, Diesel e outros —, a seguirem na direção oposta.

Onde é que as vendas subiram mais?

As vendas dos elétricos foram as que subiram mais no mercado europeu, em fevereiro. Essa subida foi de 26,1% face a fevereiro de 2024, atingindo as 164 646 unidades.

Os mercados que mais contribuíram para este aumento foram a Espanha (60,6%), a Dinamarca (55,3%), a Noruega (40,3%), a Itália (38,2%) e a Alemanha (30,8%). Neste último caso, sem a ajuda de subsídios.

Portugal também registou um crescimento sólido em linha com o de mercado: 23,7%. Houve subidas mais expressivas noutros mercados, mas partem de números de vendas muito baixos. França manteve a tendência de queda ligeira já verificada em janeiro, de 1,9%, com 25 335 unidades.

Fique a conhecer os modelos 100% elétricos mais vendidos na Europa:

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Vendas dos elétricos voltam a disparar na Europa em fevereiro

Modelos novos e o salto brutal dos Volkswagen ID voltaram a fazer crescer as vendas de elétricos na Europa em fevereiro, apesar da queda da Tesla.

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Contas feitas, a quota de elétricos no mercado europeu subiu em fevereiro para os 17,1%. Se nos cingirmos à União Europeia (UE), esta foi de 15,4%. Apesar de ser um avanço face aos 13,6% registados em fevereiro de 2024, ainda está muito aquém da quota de 20-22% considerada essencial para cumprir as metas de emissões no final deste ano.

As vendas dos híbridos (que não precisam de ser ligados à corrente e mild-hybrid) também tiveram um crescimento expressivo de 18,3% face a fevereiro do ano passado. Cresceram menos que os elétricos, mas em termos absolutos, esta é, hoje, a tecnologia que domina o mercado: 340 264 unidades. Nenhuma outra está a vender mais na Europa.

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Por sua vez, as vendas dos híbridos plug-in estagnaram face ao mesmo mês no ano passado, com um crescimento nulo (72 545 unidades, apenas mais uma unidade face a fevereiro de 2024). Isto apesar de o mercado continuar a ser inundado por novos híbridos plug-in capazes de fazer mais de 100 km em modo elétrico, duas vezes mais do que antes.

Quanto às tecnologias puramente a combustão, continuam o seu declínio progressivo, em parte pela redução da oferta. As vendas de automóveis só a gasolina caíram 23,6% em fevereiro, mas ainda movimentam um elevado número de unidades: 271 210. Os Diesel caíram ainda mais — 28,3% —, fixando-se nas 84 751 unidades. É pouco mais de metade das vendas dos elétricos.

E no acumulado do ano?

No acumulado deste ano de 2025, os números do mercado automóvel europeu refletem as mesmas tendências observadas em fevereiro. Como um todo, o mercado regista uma queda de 2,6%, com 1 959 580 unidades vendidas.

Os elétricos e os híbridos continuam a crescer expressivamente, enquanto os híbridos plug-in e as motorizações tradicionais a combustão continuam a perder terreno.

Mercado

Mercado europeu a cair mas há marcas que estão a subir bastante

As vendas de automóveis na Europa voltaram a cair em fevereiro. Mas há marcas que estão em contraciclo, registando subidas expressivas.

Mariana Teles

Nos dois primeiros meses do ano, as vendas de veículos 100% elétricos dispararam 31,4%, totalizando 330 584 unidades. Na UE, a crucial quota dos elétricos está nos 15,2%.

Os híbridos (full-hybrid e mild-hybrid) são o tipo de motorizações mais vendidas em termos absolutos, com 687 709 unidades, um crescimento de 17,6% face a 2024. Por sua vez, os restantes tipos de motorizações continuam a perder força: híbridos plug-in (-3,4%), gasolina (-21.9%) e Diesel (-27,5%).

Mariana Teles

O universo das «quatro rodas» entrou na sua vida por intermédio da Razão Automóvel. É a sua primeira volta no mundo do jornalismo e promete não parar.

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