Tesla apoia chineses contra tarifas europeias dos elétricos

Depois da BMW se ter juntado aos construtores chineses no recurso contra as tarifas da União Europeia (UE) sobre os elétricos importados da China, agora foi a vez da Tesla.

A ação foi apresentada pela Tesla no dia 22 de janeiro, a data limite que os construtores tinham para avançar com este recurso. Junta-se, assim, à BYD, Geely, SAIC e Grupo BMW no recurso judicial interposto ao Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE).

O construtor norte-americano é também impactado pelas tarifas da UE por importar o Model 3 da China, que é um dos seus modelos mais vendidos.

Dito isto, de todos os construtores afetados é o menos penalizado: a tarifa aduaneira adicional é de 7,8%. Outros construtores, como a SAIC (que detém a MG) foram impactados com uma tarifa de 35,3%.

O que está em causa?

Recorde-se que a União Europeia impôs tarifas de até 35,3% aos veículos elétricos produzidos na China (adicionados aos 10% que já estavam em vigor), para se proteger e garantir condições de concorrência justas.

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Os fabricantes chineses, por sua vez, defendem que as taxas são desleais e que podem prejudicar a transição para a mobilidade elétrica na Europa.

Aquando da aprovação das tarifas, a UE anunciou que estava em conversações com a China para encontrarem alternativas às tarifas. Até agora, ainda não se chegou a qualquer entendimento.

O recurso interposto pela BYD, Geely, SAIC, BMW e, agora, a Tesla ao Tribunal de Justiça da União Europeia contra as tarifas não irá ter uma decisão rápida — este tipo de procedimentos demora, em média, 18 meses. E poderá demorar mais, caso a UE decida recorrer da decisão do tribunal.

Fonte: Reuters

Mariana Teles

O universo das «quatro rodas» entrou na sua vida por intermédio da Razão Automóvel. É a sua primeira volta no mundo do jornalismo e promete não parar.

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