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Não tem empresa e quer um elétrico? Apoios aumentam em 2025

Em 2024 foram recebidas apenas 773 candidaturas das 1050 disponíveis para pessoas singulares para aderia aos incentivos à compra de elétricos. A verba excedente transita para 2025.

Sinal estacionamento para carregamento de carros elétricos.
© Fernando Gomes / Razão Automóvel

O ano acabou de começar, mas já foi anunciado que a verba total para os incentivos à compra de elétricos deverá aumentar em 2025. A informação foi avançada por uma fonte do Ministério do Ambiente e Energia ao jornal Negócios.

O aumento é justificado pela fraca adesão ao programa de incentivos em 2024. No ano passado, o orçamento disponibilizado para aquisição de automóveis ligeiros elétricos, bicicletas e motociclos, foi de 10 milhões de euros. Estima-se que apenas cerca de 6,5 milhões de euros deste valor tenham sido utilizados.

carregador ligado à porta de carregamento do automóvel
© CHUTTERSNAP

Segundo a mesma fonte, “a verba não executada em 2024 acresce ao apoio previsto para 2025, no caso dos avisos dos veículos de emissões nulas”.

Assim, em vez dos 10 milhões de euros previstos para este ano, espera-se que a nova verba ascenda aos 13,5 milhões de euros — ao somar os 3,5 milhões de euros não utilizados em 2024.

Relativamente aos veículos elétricos de mercadorias, a dotação de 1,5 milhões de euros disponível para 2024 foi esgotada na totalidade. Para 2025, mantem-se o orçamento de dois milhões de euros inicialmente previsto.

Pouca adesão

O cenário que se registou no ano passado, contrasta com o de anos anteriores, em que as candidaturas aos incentivos para aquisição de automóveis elétricos esgotaram em poucos dias.

Uma das razões apontadas para esta quebra deve-se à exigência de entrega para abate de um carro com motor de combustão com mais de 10 anos para ser elegível a este incentivo.

Dos 1050 incentivos que o Fundo Ambiental oferecia às pessoas singulares, foram recebidas apenas 773 candidaturas, algumas já excluídas (44) e outras ainda por validar (278). Já quanto às empresas dos 400 incentivos por atribuir, apenas foram recebidas oito candidaturas (por enquanto, apenas uma foi aprovada).

Como consequência, dos 4,2 milhões de euros disponíveis para as pessoas singulares deverão sobrar 1,28 milhões de euros. Já para as empresas, dos dois milhões de euros disponíveis, deverão sobrar 1,96 milhões de euros.

Recorde que o valor do incentivo para pessoas singulares era de 4000 euros, desde que o custo máximo do automóvel elétrico não ultrapassasse os 38 500 euros, e subia para os 5000 euros no caso das IPSS (empresas) ou outras instituições de cariz solidário.

Apesar da baixa adesão, em 2024 a presença de automóveis elétricos nas estradas portuguesas continuou a crescer, registando um aumento de 14,7% face a 2023. No total, foram vendidos 41 757 elétricos, o que corresponde a uma quota de mercado de 19,9%, segundo dados da ACAP (Associação Automóvel de Portugal).

Fonte: Negócios

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