Marca chinesa chega ao Top 10 das mais vendidas do mundo em 2023

Foi preciso esperar três anos para o mercado automóvel mundial recuperar para níveis similares aos que se verificavam antes da pandemia de 2020. Os números já foram reunidos e 2023 fechou com cerca de 88,8 milhões de unidades vendidas, o que representa uma subida de 10,8% relativamente a 2022.

Esta subida foi acompanhada pela quebra de vários recordes de vendas em múltiplas marcas, incluindo a líder (por enquanto) incontestável, a Toyota. As quase 9,5 milhões de unidades vendidas em 2023 representam um novo máximo histórico.

A diferença para o segundo classificado, a Volkswagen, é considerável: são mais de quatro milhões de unidades. Esta diferença reflete a posição dominadora da Toyota em várias regiões do mundo, assim como o facto de estar entre as mais vendidas nos três maiores mercados do mundo: EUA (2.º), Europa (2.º) e China (3.º).

O mesmo podemos dizer da Volkswagen, que além de ser a número um na Europa, tem discutido taco a taco a liderança do mercado chinês com a BYD, além de ter uma presença forte na América do Sul.

Por falar na BYD, é a estreia do ano entre as 10 marcas mais vendidas do mundo, «empurrando» a Mercedes-Benz do Top 10.

Até onde poderá a BYD subir?

A marca chinesa tem como objetivo atingir 3,6 milhões de vendas em 2024 (o que se traduz em mais 20%) e no primeiro trimestre deste ano constata-se um aumento de vendas, ainda que, por enquanto, abaixo do previsto (+13,4%).

De realçar ainda a performance do Hyundai Motor Group que consegue colocar as suas duas marcas no Top 10 — Hyundai e Kia —; e da Suzuki, que se mantém de «pedra e cal» entre as maiores do mundo, graças à sua performance não só no Japão, como na Índia.

Para lá das 10 mais vendidas

Como já foi referido, a Mercedes-Benz saiu fora do Top 10, estando na 11.ª posição, com pouco mais de 2,49 milhões de unidades vendidas, imediatamente à frente da arquirrival BMW, com 2,25 milhões. A chinesa Changan separa a Audi (1,895 milhões de unidades) das suas conterrâneas e em 15.º lugar encontramos a Tesla, com 1,808 milhões.

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A Tesla subiu várias posições nesta classificação em 2023, deixando para trás marcas como a Renault (16.º), a Fiat (18.º) ou a Peugeot (22.º). A Fiat, graças à sua presença fortíssima na América do Sul, consolida a sua posição como a marca mais vendida da gigante Stellantis. Peugeot e Jeep (23.º), ambas com mais de um milhão de unidades vendidas, fecham o pódio do grupo.

Outros destaques nas marcas mais vendidas do mundo: a MG, a marca nascida britânica, mas que hoje não é mais que o braço europeu da gigante chinesa SAIC, é a 26.ª marca mais vendida, com 840 mil unidades, a «morder» os calcanhares da Skoda (866 800 unidades).

A Isuzu (36.º) e a Ram (38.º), que se dedicam a veículos profissionais, vendem mais que a Opel (39.º) ou a Dacia (40.º).

A Porsche (53.º) vendeu 320 221 carros em 2023 — um novo recorde —, mais do que a Mini (55.º), SEAT (56.º) ou CUPRA (58.º).

Entre as muitas marcas chinesas presentes e retirando as já referidas gigantes BYD e Changan, temos outras que se destacam como a Wuling (17.º), Geely (19.º) e Chery (20.º), com volumes na casa das 1,3 milhões de unidades em 2023.

Depois há uma espécie de fosso para o grupo seguinte de marcas chinesas como JAC (41.º), GAC (46.º), Li Auto (47.º), Hongqi (48.º) e Jetour (54.º), com vendas entre as 300 mil unidades e as 600 mil unidades. Mais para baixo, com volumes bem mais modestos, as marcas chinesas dominam, algumas com fama que não encontra eco nos volumes de vendas, como a NIO (67.º), que vendeu pouco mais de 160 mil unidades em 2023.

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Descendo ainda mais na lista das marcas mais vendidas a nível mundial, temos nomes bem conhecidos como a Smart (88.º), Alfa Romeo (89.º), Jaguar (92.º) ou a Rivian (97.º), com vendas que vão das 50,1 mil unidades desta última às 71,6 mil unidades da primeira.

Entrando no universo das marcas mais exóticas, verificam-se números intrigantes. Por exemplo, as 13,6 mil unidades vendidas pela Ferrari (123.º) superam as 13,3 mil unidades da Abarth (125.º). Mas também superam as outras marcas de luxo: Bentley (124.º), Lamborghini (130.º), Aston Martin (136.º), Rolls-Royce (137.º) e McLaren (146.º).

As recentes Lucid (138.º) e Fisker (142.º), ambas norte-americanas, venderam respetivamente 6001 unidades e 4929 unidades. Por fim, a Aiways (150.º), uma das primeiras marcas automóveis chinesas a chegar a Portugal, vendeu apenas 1500 unidades no mundo em 2023. Estas últimas três marcas em particular passaram e continuam a passar por dificuldades, e precisam urgentemente de elevar os seus volumes de vendas.

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Entrou no universo dos automóveis através do design, hoje expressa a sua paixão pelo automóvel na escrita.

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