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Países da UE divididos sobre tarifas de importação dos elétricos “Made in China”

As tarifas de importação aos elétricos "made in China" impostas pela UE são, por agora, provisórias. Agora surgem dúvidas se passarão a definitivas.

Smart #1 na estrada, frente 3/4
© Smart

Foi realizada uma votação secreta não vinculativa — sem força legal obrigatória —, que mostra os estados-membros da União Europeia (UE) divididos em relação à imposição de mais tarifas à importação de elétricos produzidos na China, de acordo com o avançado por uma fonte à Reuters.

Segundo o avançado, 12 estados-membros votaram a favor das tarifas de importação, quatro votaram contra e contabilizaram-se 11 abstenções.

O resultado desta votação consultiva, vai agora pesar na decisão final da UE sobre a implementação ou não de taxas definitivas no próximo mês de novembro, após terminar a investigação europeia às subvenções do governo chinês ao desenvolvimento e produção de elétricos.

MINI Cooper 5 portas dianteira
© MINI A MINI não estava incluída nas marcas investigadas pela UE, tendo ficado automaticamente sujeita à taxa máxima aplicável de 37,6%.

Caso a UE decida avançar com um agravamento definitivo das tarifas (por um período de cinco anos), este poderá ser ainda chumbado. Para isso acontecer, na votação final terá de haver uma maioria qualificada de 15 países membros — que representem 65% da população da UE.

Recordamos que no passado dia 4 de julho, a Comissão Europeia (CE) confirmou o agravamento provisório das taxas de importação de até 37,6% (sobre os 10% já existentes) aos automóveis elétricos produzidos na China. Estas tarifas adicionais entraram em vigor no dia seguinte.

As razões por detrás das votações

Nesta votação consultiva, muitos dos países mostraram-se conscientes dos argumentos da Comissão Europeia (CE), em que o comércio deve ser feito em condições justas, ao mesmo tempo que se mostraram preocupados com o potencial risco de uma guerra comercial com a China, que já veio ameaçar sanções.

Citando a mesma fonte, a Reuters avança com as posições de alguns países. Sendo que dos países que votaram, França, Itália e Espanha terão apoiado o agravamento das tarifas de importação, enquanto a Alemanha, a Finlândia e Suécia se abstiveram, ainda que por diferentes razões.

Enquanto a Alemanha se absteve por “solidariedade crítica” para com a Comissão Europeia, a Finlândia mostrou dúvidas sobre as tarifas serem do interesse da UE. Já a Suécia acredita que o diálogo entre as duas potências é importante para encontrar uma solução.

Relembramos que a Alemanha já se tinha mostrado preocupada com o agravamento das tarifas, com o Ministro dos Transportes alemão, Volker Wissing, a afirmar que “as tarifas punitivas da Comissão Europeia vão afetar as empresas alemãs e os seus principais produtos”.

Para além deste país, já foram muitos os fabricantes automóveis europeus a oporem-se a este agravamento, entre elas o Grupo BMW e o Grupo Volkswagen, que também foram particularmente afetados. Ambos estão em conversações com a UE para diminuir as suas tarifas.

Fonte: Reuters

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