Trump quer tarifas nos carros europeus. Como é que Portugal pode ser afetado?

Numa conferência de imprensa promovida pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal), Pedro Lazarino, diretor geral da Stellantis Portugal, mostrou-se preocupado com as tarifas aduaneiras que os Estados Unidos da América (EUA) pretendem impor aos países europeus.

Desde que Donald Trump, assumiu novamente a liderança dos EUA, que este tem sido um dos pontos em debate na relação entre os EUA e Europa — com as devidas adaptações, parece uma repetição daquilo que aconteceu em 2016, durante a negociação dos termos do acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA).

O Presidente Donald Trump defende que esta é a única forma do EUA terem justiça: “A UE é muito, muito má para nós”. Neste artigo explicamos com maior profundidade o alcance das suas palavras.

Regressando à exposição da indústria automóvel às tarifas, nomeadamente a portuguesa, Pedro Lazarino admite que “é uma preocupação, mas não vejo implicações de curto prazo. Tudo o que sejam tarifas, tem uma implicação que não se consegue medir em detalhe. A boa notícia é que o setor automóvel, em termos de produção, muita dela fica na Europa“, adicionou.

A ACAP comunicou no mesmo dia que, em 2024, a Europa continuou a ser o principal mercado de exportação dos veículos produzidos em Portugal, com uma quota de 87,6%. Segue-se África (5,8%), Ásia (3,4%), Oceânia (2,3%) e, finalmente, a América do Norte (0,9%) com a quota mais pequena de todas.

Já do lado da produção de componentes para automóveis a exposição é maior. Os números preliminares de AFIA (de janeiro a novembro de 2024) indicam que os EUA já ocupam uma quota de 4,8% nas exportações portuguesas, um aumento de 4% face a 2023.

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Há 10 horas

Mariana Teles

O universo das «quatro rodas» entrou na sua vida por intermédio da Razão Automóvel. É a sua primeira volta no mundo do jornalismo e promete não parar.

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