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Elétricos na Alemanha em queda e a razão é fácil de compreender

O mercado de elétricos está a sofrer uma queda significativa em muitos mercados europeus, com especial ênfase no alemão.

Volkswagen ID.4 GTX
© Volkswagen

Em julho, as vendas de veículos elétricos na Alemanha, o maior mercado europeu, caíram 37% em relação ao período homólogo, avançou a KBA (Autoridade Federal Alemã de Transportes). É o quarto mês consecutivo de queda de vendas de elétricos no país e a maior descida registada este ano.

Foram vendidos 30 762 automóveis elétricos, correspondendo a uma quota de mercado de 13%, bastante inferior aos 20% registados em julho do ano passado.

BMW iX1, frente 3/4
BMW iX1

Incentivos acabam, vendas sofrem

No final do ano passado a Alemanha terminou com todos os incentivos à compra de automóveis elétricos, justificando, em grande parte, a queda de vendas de elétricos este ano. Isto, num mercado que, à geral, está a crescer. As vendas de carros que não precisam de ligar à tomada cresceram 7%.

Segundo Constantin Gall, consultor da EY, as vendas de elétricos na Alemanha deverão continuar a cair nos próximos meses. Mas a Alemanha não é o único país europeu a registar quebra de vendas nos elétricos.

Também a Suécia, onde os elétricos são o tipo de veículo mais vendido, registou uma queda de 15% em julho (fonte: Mobility Sweden), comparativamente ao ano anterior. A quota de mercado foi 33,8%, mas em julho do ano passado tinha sido de 37,5%.

Indústria exposta

O fim dos incentivos ajudam a justificar estes resultados, mas não são a única razão. Se os incentivos ajudam a atenuar o impacto do preço muito elevado dos elétricos, também faltam propostas mais acessíveis nos segmentos mais baixos. Contudo, estão a chegar ao mercado propostas nesse sentido como o Citroën ë-C3, Renault 5, Fiat Grande Panda ou o futuro Volkswagen ID.2.

Se será ou não o suficiente para reverter este estado das coisas e retomar o passo acelerado da eletrificação, teremos de aguardar para ver. Por enquanto, como refere Gall, “o ritmo de subida da mobilidade elétrica está a ser, até agora, insustentável”.

Essa insustentabilidade deixa exposta a indústria automóvel, que investiu milhares de milhões de euros no desenvolvimento e produção de automóveis elétricos, assim como na construção de giga-fábricas de baterias.

À luz disto, praticamente todos os grupos e construtores estão a rever os seus planos de eletrificação. Desde a mudança definitiva para uma gama 100% elétrica, à suspensão da construção de mais fábricas de baterias no continente europeu.

Fonte: Bloomberg

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