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Reino Unido suaviza metas de venda de elétricos devido a tarifas

O Governo do Reino Unido vai abrandar as metas de venda de veículos elétricos impostas aos construtores de automóveis.

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O Governo do Reino Unido vai suavizar as quotas de venda de elétricos impostas aos construtores automóveis no país, no âmbito do mandato ZEV (veículos zero emissões), avançou a Reuters.

Embora, em 2024, as vendas de elétricos no Reino Unido tenham ficado aquém das quotas impostas pelo Governo para aquele ano — 19,6% versus 22% —, a razão por trás desta alteração foi justificada com as novas tarifas de 25% impostas por Donald Trump, presidente dos EUA, a todos os automóveis importados.

Para facilitar a transição para automóveis eletrificados, o Departamento de Transportes (Department for Transport) fez algumas modificações no mandato, porém, o objetivo principal mantém-se: deixar de comercializar carros puramente a gasolina ou Diesel a partir de 2030.

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© MG MG4

O que mudou?

Apesar da meta de proibir a venda de automóveis com motor de combustão até ao final da década se manter, o Governo decidiu prolongar a comercialização de modelos híbridos e híbridos plug-in até 2035. O mesmo se aplica aos veículos comerciais equipados com motor a combustão.

Além disso, o sistema de “banking and borrowing” (Armazenar e Emprestar) — um mecanismo que permite às marcas acumular ou antecipar créditos para cumprir as metas — foi prolongado de 2026 para 2030.

  • Banking: permite acumular créditos de anos em que se excedem as metas;
  • Borrowing: permite “pedir créditos emprestados” em caso de incumprimento.

Desta forma, também foram aplicadas alterações na contagem de créditos: agora, é possível transferir créditos entre veículos ligeiros e comerciais. Um carro elétrico será equivalente a 0,4 veículos comerciais com motor de combustão, enquanto um comercial com motor elétrico equivale a dois carros a combustão.

Até agora, os construtores em incumprimento eram penalizados em 15 mil libras (cerca de 18 150 euros) — 9000 libras (cerca de 10 890 euros) para os veículos comerciais. No entanto, o Governo já anunciou que os valores serão revistos, embora ainda não tenha revelado os novos montantes.

Carros de luxo fora das contas

Por fim, o Governo britânico decidiu abrir uma exceção a algumas marcas de automóveis de luxo como a Aston Martin, a Bentley, ou a McLaren. Estas vão ser autorizadas a produzir automóveis com motor de combustão, mesmo depois de 2030.

© Bentley Bentley Flying Spur

O objetivo desta medida é proteger as marcas britânicas de supercarros, que são bastante importantes para a economia inglesa. “Estamos absolutamente cientes do facto de que este governo precisa de fazer absolutamente tudo o que puder para abrigar as empresas britânicas“, disse Heidi Alexander, ministra dos transportes do Reino Unido.

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