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Mercado

Navegar na tempestade. Os resultados da Polestar em 2023

A Polestar divulgou, com algum atraso, os resultados referentes ao ano de 2023, e registou valores bastante inferiores aos de 2022.

Polestar 2 MY24 - 3/4 de frente
© Polestar

Enquanto uma grande maioria de marcas se prepara para apresentar os resultados financeiros do primeiro semestre de 2024, a Polestar acaba de divulgar os seus resultados de 2023.

Além disto, a revelação dos resultados referentes ao primeiro e ao segundo trimestre deste ano continuam a ser adiados, estando agora previstos para hoje, 2 de julho.

Um dos motivos poderá estar relacionado com o facto de as notícias não serem positivas, com as receitas da marca a descerem cerca de 3%: 2,22 mil milhões de euros no ano fiscal de 2023, um decréscimo face aos 2,28 mil milhões de euros registados em 2022.

Polestar 2
© Polestar Polestar 2

A marca sueca registou no ano passado um prejuízo bruto de cerca de 386,8 milhões de euros, face a um lucro bruto de aproximadamente 91,8 milhões de euros em 2022.

O prejuízo líquido, no entanto, foi de aproximadamente 995 milhões de euros, mais do dobro em relação a 2022, quando atingiu perto de 410 milhões de euros.

A marca enfrentou muitos obstáculos em 2023 que ajudam a justificar estes valores. Por exemplo, foi obrigada a reduzir o valor dos ativos relacionados com o Polestar 2 em aproximadamente 307 milhões de euros, resultando numa perda por imparidade de quase 224 milhões de euros. Além destas, teve ainda uma perda adicional de cerca 102 milhões de euros justificada pela procura inferior à prevista em alguns mercados.

A estas perdas o fabricante juntou ainda uma despesa adicional de 120 milhões de dólares (aprox. 102 milhões de euros) justificada pela procura inferior à prevista em alguns mercados. O prejuízo líquido aumentou assim para 1,17 mil milhões de dólares em 2023, face aos 481,5 milhões de dólares de 2022. (aprox. 994,5 milhões de euros e 409,3 milhões de euros, respetivamente)

A marca não fez previsões para o resto do ano, porém, de acordo com o que já tinha divulgado anteriormente, a Polestar espera que com os seus mais recentes modelos — 3 e 4 —, as vendas aumentem para mais de 155 mil unidades em 2025.

Polestar contra o mercado

A Polestar é uma das startups que tem enfrentado diversas dificuldades no seu crescimento. Recorde que no início deste ano vimos a Volvo Cars, que detinha 48% da Polestar, anunciar o desinvestimento na empresa, transferindo a sua participação para a casa-mãe, a Geely.

Polestar 4 traseira
© Polestar Polestar 4 ausência de vidro traseiro

Desde que se separou da Volvo, há dois anos, que a marca sueca viu o seu valor de mercado descer quase 95%.

Nem tudo é mau

Apesar destes resultados, a Polestar não se dá por vencida, tendo recentemente anunciado a sua intenção de chegar a sete novos mercados a partir de 2025.

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A notícia gerou uma boa reação, com as ações da marca premium sueca a subirem 7%. Um comportamento positivo, depois de uma queda de 70% este ano.

Ademais a marca anunciou ainda atualizações para os Polestar 2 e 3, com mais autonomia, no caso do primeiro, e uma nova versão mais acessível, no caso do segundo. Para além disto, o construtor apresentou o Polestar 4 em Portugal, o seu mais recente modelo que se distingue dos demais pela ausência de vidro traseiro e que já pode ser encomendado.

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