Tarifas de Trump levam Ferrari a aumentar preços

O construtor de supercarros italiano é um dos primeiros a reagir às tarifas de 25% impostas por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América (EUA), anunciando um aumento de 10% nos preços de alguns dos seus modelos nos EUA.

Todos os Ferrari são produzidos em Itália, em Maranello, e por isso todos os modelos estão sujeitos às tarifas de 25% ao entrar nos EUA. No entanto, nem todos os modelos vão sofrer um aumento de preço.

Quais os Ferrari que vão ficar mais caros?

Segundo o comunicado da marca, apenas os Roma, 296 e SF90 terão os custos adicionais absorvidos pela Ferrari. Todos os outros — 12Cilindri, Purosangue, etc. — vão ter o seu preço aumentado em 10%, com a Ferrari a absorver o resto da diferença.

No entanto, os novos preços só serão implementados a partir de 3 de abril, o dia em que as novas tarifas automóveis entram em vigor. Todos os carros que tenham sido importados até ao dia 2 de abril, não serão afetados.

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Mariana Teles

O Ferrari F80 será o modelo que vai sofrer o maior aumento absoluto. Nos EUA, o F80 tem um preço base de 3,1 milhões de dólares (antes de impostos), pelo que o seu preço irá aumentar em 310 mil dólares (286,5 mil euros). O preço base passa a ser, assim, de 3,41 milhões de dólares (cerca de 3,15 milhões de euros).

Outras marcas

A Ferrari não deverá ser a única marca a reajustar os seus preços. Outros fabricantes que dependem fortemente do mercado norte-americano, como os alemães, também poderão adotar medidas semelhantes, passando parte do ónus das tarifas para os clientes.

Entre eles, destaca-se a Jaguar Land Rover, com 100% das vendas nos EUA a resultarem da importação de veículos. A Volvo e o Grupo Volkswagen, que importam 90% e 80% do total de veículos vendidos, respetivamente, também estão sob pressão (fonte: Automotive News).

Nem os fabricantes norte-americanos escapam às tarifas de Donald Trump. A General Motors (GM) e a Ford importam 46% e 21%, respetivamente, dos seus modelos.

A única exceção de relevo é a Tesla, que não importa automóveis para os EUA. No entanto, como as tarifas também vão incidir sobre os componentes, não ficará incólume. No Model 3 Long Range, por exemplo, 40% dos seus componentes são importados da China (Fonte: Kelley Blue Book).

Mariana Teles

O universo das «quatro rodas» entrou na sua vida por intermédio da Razão Automóvel. É a sua primeira volta no mundo do jornalismo e promete não parar.

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