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União Europeia poderá atenuar medidas contra elétricos chineses

A União Europeia pode estar com dúvidas em relação às tarifas implementadas e há diversos construtores que podem ver o seu valor «ajustado».

NIO EL6 na estrada, frente
© NIO

De acordo com o avançado por uma fonte anónima à Bloomberg, a União Europeia (UE) parece estar «arrependida» com os valores das tarifas relacionadas com a importação de automóveis elétricos da China.

Após ter recebido novas informações das empresas afetadas, a mesma fonte afirma que a UE estará a rever, marginalmente, as tarifas impostas aos construtores de automóveis elétricos com atividade naquele país.

A China e a UE estão em negociações para a eliminação do agravamento das taxas de importação sobre os elétricos, até 4 de julho, data em que as novas taxas deverão ser aplicadas.

BYD Seal U dianteira
© BYD BYD Seal U

No entanto, o clima tem-se mostrado «agreste» com a UE a não dar sinais de cedência. Segundo Maximilian Butek, diretor-executivo na Câmara do Comércio alemão na China: “Há zero hipóteses que as tarifas provisórias sejam retiradas até 4 de julho, a não ser que a China elimine todas as questões que foram sinalizadas pelo lado europeu.”

Mas tendo em conta o que foi recentemente avançado, a UE pode estar a planear reduzir as tarifas impostas. Ou seja, a taxa máxima aplicada poderá ser reduzida de 38,1% para 37,6% (taxa aplicada à SAIC).

A Geely, por sua vez, que teria uma taxa de importação de 20% passa para 19,9%; As marcas que cooperaram com as investigações europeias, mas que não foram incluídas na amostra, poderão enfrentar uma taxa de 20,8%, ao invés dos 21% anunciados. Já a BYD deverá manter a tarifa nos 17,4% anteriormente anunciados.

As reações da China

Caso as duas potências não consigam chegar a acordo até dia 4 de julho, a China já anunciou medidas de resposta a este “ato flagrante de protecionismo”. Recentemente, os construtores de automóveis chineses começaram a fazer pressão sobre o seu governo para aumentar as tarifas de importação sobre os carros europeus com motores a gasolina.

Além de tudo isto, a China também já anunciou a intenção de penalizar as exportações da UE no setor alimentar. De acordo com o noticiado, as empresas nacionais chinesas estão a preparar-se para solicitar a abertura de inquéritos anti-subvenções e anti-dumping sobre importações de produtos lácteos e de carne de porco provenientes da UE. Caso se confirme, tudo isto poderá resultar em longos períodos de suspensão no que diz respeito a trocas comerciais.

Os Estados-membros serão convidados a votar as tarifas finais até ao próximo dia 2 de novembro.

Fonte: Bloomberg

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