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Chamar Scirocco a um SUV? Volkswagen diz que não vai acontecer

O CEO da Volkswagen afirma que se usar nomes históricos da marca, o novo modelo tem de ser fiel ao ADN do modelo original.

Volkswagen Scirocco a passar na ponte 25 de abril
© Volkswagen

Ir à gaveta das memórias à procura de nomes do passado para batizar modelos modernos tem sido um costume recente de diversos construtores. Mas a Volkswagen não quer cair no erro de usar esses nomes se não forem verdadeiros aos ADN do original.

Segundo Thomas Schäfer, o diretor-executivo da Volkswagen, em declarações à Autocar, “se o nome de um carro não refletir o ADN do modelo original de uma forma evidente, então preferimos escolher um novo nome e fazer algo diferente”.

Nas palavras do CEO, o nome Scirocco, por exemplo, nunca será utilizado num SUV. Este é um dos nomes históricos da Volkswagen desde 1974. A segunda geração, apresentada em 2008, ganha ainda mais significado, uma vez que foi produzida na «nossa» Autoeuropa.

Volkswagen Scirocco, primeira e segunda geração.
As duas gerações do Volkswagen Scirocco. Não há planos para uma terceira geração, mas a acontecer, segundo o CEO da marca, irá respeitar a herança dos que o precederam.

No que nos diz respeito e usando o argumento de Thomas Schäfer, gostaríamos muito de conhecer um novo Scirocco, Corrado ou até um novo Eos. Fica a sugestão.

Se a Toyota vai recuperar nomes históricos como Celica ou MR2, originando modelos alinhados com as premissas dos originais, porque não a Volkswagen?

Por outro lado, esta lógica pode funcionar para outro tipo de modelos. Um nome como Iltis podia ser recuperado para um todo o terreno da marca, mas não faria sentido usá-lo num citadino ou desportivo.

O caso Capri

As palavras de Thomas Schäfer surgiram em resposta a um dos exemplos dado pela Autocar, sobre a Ford ter recuperado o nome Capri, que nasceu como um coupé em 1968 — apelidado de Mustang europeu —, e surge agora como um SUV elétrico.

Ford Capri - esboços do novo e do antigo de frente
© Ford O Ford Capri foi uma espécie de Mustang europeu, apresentado em 1968. O novo Ford Capri é um «SUV-Coupé» elétrico.

“Vejam, pelo feedback dos consumidores, isso é um erro. Se chamarem algo pelo que não é, tenham muito cuidado. Por exemplo, se for um GTI, então tem de ser um GTI. É o nosso modelo. Tem de ser fiel aos seus genes.”, acrescentou.

A Ford não é estranha a recuperar nomes do passado e usá-los em modelos totalmente distintos, que nada têm a ver com o modelo original que o estreou. Antes do Capri também já tinha usado o do Puma. E, no caso do Mustang, também escolheu esta designação para o seu primeiro SUV elétrico…

Mas não é a única marca a fazê-lo. A Opel recuperou o nome Frontera para um SUV urbano — nem sequer tem tração às quatro rodas — e não um todo o terreno à «séria».

A Mitsubishi seguiu as pisadas da Ford, dando também o nome do coupé Eclipse a um SUV. Mais recentemente, recuperou o nome Grandis que identificava um MPV para batizar outro SUV.

E quem é que se lembra do Citroën AMI? Não o quadriciclo elétrico, mas sim o veículo familiar original. Certamente não serão os últimos… Mas a Volkswagen não vai querer seguir este caminho.

Fonte: Autocar

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