Notícias Mercedes-AMG 100% elétricos? É uma questão de tempo…

Ameaça aos V8

Mercedes-AMG 100% elétricos? É uma questão de tempo…

Nem a Mercedes-AMG pode evitar a progressiva eletrificação que se vive na indústria. O trovejar dos V8 poderá dar lugar ao gemido agudo dos eletrões.

Mercedes-Benz SLS AMG Coupé Electric Drive

Mercedes-AMG 100% elétricos já não é uma questão se haverá ou não, mas sim quando. Em declarações à Autocar, o diretor do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Mercedes, Ola Kallenius, refere que tudo aponta nessa direção.

Porque não? Não é um programa concreto de momento, mas é concebível. Além disso, já o fizemos antes.

Sim, já houve um AMG 100% elétrico. Kallenius refere-se ao SLS Electric Drive, lançado em 2013. Um autêntico laboratório rolante, com quatro motores — um por roda —, vectorização do binário, 751 cv e 1000 Nm ao nosso dispor, capaz de até 250 km de autonomia, de acordo com o permissivo ciclo NEDC. Passou a fase de protótipo e chegou mesmo a ser produzido, ainda que em menos de 100 unidades apenas.

Mercedes-Benz SLS AMG Electric Drive

A pertinência da questão referia-se, no entanto, a mais do que uma pequena produção de um modelo de nicho. O que pretendemos saber é se futuras gerações dos C63 e E63, e outras propostas da marca, caracterizados por possantes V8, poderão ver o seu lugar tomado por Mercedes-AMG 100% elétricos. Estão a imaginar um C63 sem um V8 por baixo do capot? Nós também não…

AMG e os V8

A AMG é conhecida pelos seus possantes V8, que estão entre as melhores bandas sonoras do planeta. AMG e V8 é como se fossem sinónimos — uma relação que vem desde os seus primórdios. Certamente que os seus clientes sentirão falta da banda sonora? Novamente, Ola Kallenius.

Quando mudámos para motores turbo, todos pensaram que seria o fim do carácter da AMG, mas não recebemos muitas queixas agora. Todos adoramos o som do V8 e um carro elétrico pode também ser emocionante, por isso vamos ter de desenvolver um segundo amor para eles.

Entretanto…

Enquanto não chegam eventuais confirmações de um AMG 100% elétrico, conheceremos brevemente o primeiro híbrido do tipo plug-in da marca de Affalterbach, muito provavelmente já no próximo Salão de Genebra.

Trata-se de uma berlina de quatro portas, que já conhecemos sob a forma de protótipo o ano passado, e que combina o conhecido 4.0 V8 biturbo com um motor elétrico no eixo traseiro. Imaginem um Porsche Panamera Turbo S E-Hybrid e a receita não difere muito para o Mercedes-AMG GT Concept.

Mas se no Panamera a combinação de muitos hidrocarbonetos com eletrões resultam em 680 cv, no concept apresentado pela Mercedes-AMG esse número ficava a norte dos 800 cv. Os rumores mais recentes apontam para números ligeiramente mais modestos, com duas versões aparentemente a serem desenvolvidas — uma com 680 e outra com aproximadamente 750 cv!

Até o hiperdesportivo Project One chegar ao mercado em 2020, outro plug-in, o GT de quatro portas será o modelo mais possante da Mercedes-AMG!

53 substitui 43

E ainda antes do plug-in, já foram apresentados, no Salão de Detroit, os primeiros modelos AMG 53, nomeadamente, o CLS 53 e os E53 Coupé e Cabrio. Trata-se do novo degrau de acesso à AMG, e eventualmente substituirão os atuais modelos com designação 43, segundo Kallenius.

Mercedes-AMG CLS 53
O novo Mercedes-AMG CLS 53

A diferença dos 53 para os 43, reside no facto dos primeiros serem semi-híbridos (mild-hybrid). Ou seja, um sistema elétrico de 48 V encontra-se presente, permitindo que o novo seis cilindros em linha de 3.0 litros seja assistido por um motor-gerador elétrico — posicionado entre o motor e caixa de velocidades.

Além disso permitiu adicionar um compressor elétrico que fornece o “boost” necessário enquanto o turbo convencional não enche. O resultado são 435 cv e 520 Nm capazes de oferecer melhores prestações e mais eficiência do que os atuais 43. Como Kallenius refere:

Oferece-nos melhores prestações e emissões CO2 e um arranque de motor incrivelmente suave.

Mercedes-AMG 100% elétricos poderão ainda estar a uma geração de modelos de distância, mas o destino parece estar traçado. Terão os V8 de Affalterbach hipótese de sobrevivência num mundo movido a eletrões?

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