Mercedes-Benz vai deixar de fazer táxis. Conheça os motivos

Depois de vários anos a registar um decréscimo na procura dos seus táxis na Alemanha, a Mercedes-Benz decidiu deixar de investir nesta opção, encerrando um capítulo significativo da sua história.

Entre janeiro e agosto do ano passado, apenas 497 táxis da Mercedes-Benz foram registados até agosto na Alemanha, representando uma queda de 71% em relação a 2023. Para agravar a situação, apenas 127 unidades correspondiam aos modelos Classe B ou Classe E — em tempos, os mais populares no mercado dos táxis.

Recorde-se que, em 2022, a Mercedes-Benz já tinha anunciado que não iria desenvolver novas gerações de modelos específicas para o setor dos táxis. A decisão foi tomada depois de a marca ter visto a quota de mercado neste segmento (na Alemanha) descer de 52% em 2019 para 38% em 2023. Ainda não há valores definitivos para 2024, mas a quota deverá cair para 13%.

Contudo, a fraca procura não é o único motivo por detrás da decisão. Segundo o jornal alemão Handelsblatt, a Mercedes-Benz está a ajustar a sua estratégia de mercado. A empresa acredita que o conceito de táxi já não se alinha com os padrões de luxo associados à marca, o que torna pouco atrativa a continuidade neste segmento.

Para além disto, a margem de lucro destes modelos é muito baixa, o que também contribuiu para a decisão da Mercedes-Benz em não continuar a investir neste tipo de negócio.

Será mesmo o fim?

No futuro, a Mercedes-Benz deixará de disponibilizar automóveis totalmente equipados para táxis diretamente de fábrica. No entanto, a marca continuará a oferecer pacotes de personalização para alguns modelos, embora a instalação destes acessórios passe a ser feita por empresas especializadas e não pela marca.

Antevisão

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André Mendes

Desta forma, se outrora os táxis da Mercedes-Benz eram uma presença incontornável nas ruas, em breve tudo indica que estes serão substituídos por outras opções como o Volkswagen Touran e Caddy, Toyota Corolla e RAV4.

Mariana Teles

O universo das «quatro rodas» entrou na sua vida por intermédio da Razão Automóvel. É a sua primeira volta no mundo do jornalismo e promete não parar.

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