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Simplex para elétricos rejeitado pelo Parlamento

Discutiu-se no Parlamento a mobilidade elétrica e a liberalização do mercado dos carregamentos de elétricos, mas os projetos de lei foram rejeitados.

Sinal estacionamento para carregamento de carros elétricos.
© Fernando Gomes / Razão Automóvel

Foram votados no Parlamento na sexta-feira passada, 31 de janeiro, vários Projetos de Lei e de Resolução de vários partidos políticos — PSDChegaPANPSCDS-PP e Iniciativa Liberal — relativos ao mercado de carregamento de automóveis elétricos em Portugal, e as notícias não são positivas.

A diferença entre um Projeto de Lei e um Projeto de Resolução está na sua natureza. O Projeto de Lei cria medidas com efeito legal, enquanto o Projeto de Resolução expressa posicionamentos ou recomendações sem criar diretamente obrigações legais.

Compreenda o que estava em jogo e tudo aquilo que tinha sido sugerido (de forma resumida) pelos partidos políticos nas suas propostas:

Dois projetos de Lei rejeitados

Dos dois Projetos de Lei apresentados, dois foram rejeitados: Chega (n.º 439/XVI/1.ª) e Iniciativa Liberal (n.º 457/XVI/1.ª).

O Projeto de Lei do Chega visava alterar as regras sobre a mobilidade elétrica para facilitar a concorrência, reduzir a burocracia e garantir que as leis em Portugal ficavam de acordo com o quadro europeu AFIR (Regulamento de Infraestruturas para Combustíveis Alternativos). Foi rejeitado com votos contra do PSD, PCP e CDS-PP. O PS, IL, BE e Livre abstiveram-se.

    O que é o AFIR?
    O AFIR é o regulamento de Infraestruturas para Combustíveis Alternativos da União Europeia (UE), que visa impulsionar a adoção de automóveis movidos a combustíveis alternativos, como eletricidade e hidrogénio. Este regulamento estabelece metas nacionais obrigatórias para a implantação de combustíveis alternativos em todos os Estados-Membros da UE, abrangendo diversos modelos de transporte: rodoviário, marítimo e aéreo.

    Por sua vez, o Projeto de Lei da Iniciativa Liberal, pretendia alterar o regime jurídico aplicável à organização, acesso e exercício das atividades relativas à mobilidade elétrica, bem como as regras destinadas à criação de uma rede piloto de mobilidade elétrica. Foi rejeitado com os votos contra dos partidos PSD, PCP e CDS-PP. O PS, BE e Livre abstiveram-se.

    O que foi aprovado?

    Por exclusão de partes, todos os restantes partidos acima mencionados — PSD, PAN, PS e CDS-PP — viram os seus Projetos de Resolução aprovados.

    Carregador Carregamento Elétrico
    © CHUTTERSNAP

    O Projeto de Resolução do PSD (n.º 403/XVI/1.ª), recomenda ao Governo a adoção de novas leis que ajudem a expandir a rede de postos de carregamento de elétricos e a aproximação ao regulamento AFIR. Foi aprovado com a abstenção do BE e do PCP.

    Já o Projeto de Resolução do PAN (n.º 544/XVI/1.ª) apela ao reforço dos direitos dos utilizadores de veículos elétricos, ao alargamento da rede de postos de carregamento de veículos elétricos e ao aumento da sustentabilidade da mobilidade elétrica. Foi aprovado com a abstenção da Iniciativa Liberal e do PCP.

    Por sua vez, o Projeto de Resolução do PS (n.º 576/XVI/1.ª) recomenda ao Governo que simplifique o regime e promova a concorrência na mobilidade elétrica. Foi aprovado com dois votos contra da Iniciativa Liberal e uma abstenção do BE.

    Por último, mas não menos importante, o Projeto de Resolução do CDS-PP (n.º 582/XVI/1), pela análise às recomendações da Autoridade da Concorrência no mercado da mobilidade elétrica, que foi aprovado com a abstenção do BE e PCP.

    Todos os Projetos de Resolução aprovados têm um foco em comum: o desenvolvimento da mobilidade elétrica e a melhoria das condições para os utilizadores de automóveis elétricos, apesar das abordagens ligeiramente diferentes. Os Projetos encontram-se agora em apreciação.

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