Notícias Morreu Jean Graton, o “pai” do icónico Michel Vaillant

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Morreu Jean Graton, o “pai” do icónico Michel Vaillant

Criador da personagem de banda desenhada Michel Vaillant, Jean Graton falece aos 97 anos em Bruxelas. Neste artigo relembramos a sua vida e obra.

Jean Graton

Um dos grandes nomes da época de ouro da banda desenhada franco-belga, Jean Graton, que faleceu dia 21 de janeiro, aos 97 anos em Bruxelas, era, provavelmente, o mais querido aos petrolhead.

Afinal de contas, foi ele o criador da famosa personagem de banda desenhada Michel Vaillant, talvez o único herói de banda desenhada que fazia das capacidades ao volante o seu “super poder”.

Segundo Jean Graton, a opção por retratar o mundo do desporto automóvel nas suas bandas desenhadas surgiu porque “gostava de desenhar automóveis e conhecia bem o mundo das corridas”, afirmando que, por essa razão o seu herói foi um piloto.

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Além da banda desenhada, a sua icónica personagem chegou ao pequeno ecrã (sob a forma de desenhos animados) e ao cinema em 2003. Aqui deixamos-te o genérico da série animada:

Começou (muito) cedo

Nascido em 1923 em Nantes, Jean Graton viu o seu primeiro desenho ser publicado no jornal belga “Le Soir” quando tinha apenas oito anos.

Aos 19 estreou-se na banda desenhada e em 1957 criou o famoso Michel Vaillant, um piloto cuja “carreira” o levou a correr na Fórmula 1, nos ralis, nos karts entre outras categorias.

Os seus adversários foram desde pilotos fictícios como o famoso Steve Warson, até verdadeiros como Jacky Ickx, Niki Lauda, Ayrton Senna, Michael Schumacher ou o português Pedro Lamy no livro “A febre de Bercy”.

Reformado desde 2004, em 2007 Jean Graton ainda participou no álbum “24 horas sob pressão”. Depois disso entregou os destinos da série ao filho, Philippe Graton que a retomou em 2012.

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Portugal “não escapou”

Por três vezes as histórias criadas por Jean Graton passaram por cá. A primeira foi em 1969 no livro “Rali em Portugal” e a outra em 1984 com “O homem de Lisboa”. Já a última vez foi no livro “Em nome do filho”, cuja ação decorre em parte no Circuito de Portimão (este livro já é da autoria de Philippe Graton).

Bastante meticuloso, não eram só as representações dos carros que eram excecionalmente conseguidas nas bandas desenhadas de Jean Graton. Profundo conhecedor do meio automobilístico, o francês ia frequentemente a corridas e encontros com pilotos para melhor compreender o meio.

A Razão Automóvel gostaria de transmitir as condolências à família, amigos e a todos os fãs de Jean Graton.

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