Notícias Este «SUV-coupé» tem um V8 a hidrogénio e já se deixou ouvir

Apresentação

Este «SUV-coupé» tem um V8 a hidrogénio e já se deixou ouvir

O primeiro modelo da NamX será um «SUV-coupé» movido por um motor V8 a hidrogénio com depósitos amovíveis.

NamX HUV V8 3/4 de frente
© NAMX

Quase dois anos depois de ter sido revelado, o NamX HUV voltou a surgir nos radares da indústria automóvel, agora para dar a conhecer o motor que o equipa: nada mais nada menos que um V8 a hidrogénio.

Recorde que quando foi revelado, o destaque deste NamX HUV estava nos seis depósitos amovíveis de hidrogénio, que podem ser carregados numa «consola» destinada a este efeito. Em conjunto com o depósito principal, que é fixo, anunciava até 800 km de autonomia.

No entanto, foi assumido que seria um 100% elétrico fuel cell, ou seja, que iria recorrer a uma pilha de combustível a hidrogénio. Afinal, parece que não vai ser assim: como já referimos, traz um motor de combustão interna na forma de um V8 que usa hidrogénio como combustível.

O V8 em si tem 6,2 litros de capacidade, o bloco é construído em alumínio e, tal como se pode ouvir no vídeo divulgado pela marca, soa (mesmo) muito bem. Por enquanto não foram anunciados mais detalhes, como potência ou binário.

Porquê um motor V8?

Não deixa de ser intrigante a mudança radical de grupo motriz do HUV, mas a decisão reflete a abordagem pragmática da empresa, ao querer combinar tecnologia comprovada com os objetivos de sustentabilidade a que se propôs.

Faouzi Annajah, o fundador e CEO da NamX, resumiu (no vídeo acima) a decisão em três pontos chave. O motor de combustão interna movido a hidrogénio (HICE), evita, claro, a utilização de baterias. Estas continuam a ser o maior desafio da eletrificação do automóvel, seja pelo custo ou as matérias-primas que as definem. O V8, por outro lado, só precisa de alumínio, muito mais comum.

Além disso, também comenta o facto de a Europa ter mais de um século de experiência no desenvolvimento de motores de combustão interna e que o uso de hidrogénio é mais um passo na sua evolução.

Por fim, num plano mais subjetivo, Faouzi Annajah diz-nos que, agora, graças ao hidrogénio, podemos optar por um V8 e preservar a paixão pelos automóveis e condução, sem agravar o problema das emissões — gera apenas vapor de água, mas também pequenas quantidades de óxidos de azoto (NOx).

O NOx é prejudicial à saúde humana, mas há formas de controlar estas emissões. Nos motores Diesel, por exemplo, temos os sistemas AdBlue.

Há mais novidades?

Sim, há. Há algumas diferenças visuais para o protótipo revelado há dois anos. O para-choques traseiro foi redesenhado, contando agora com saídas de escape de formato hexagonal bem visíveis, uma de cada lado. Além disso, há mais alterações de detalhe, com o objetivo de se tornar mais aerodinâmico.

A cor deste protótipo é também nova e foi batizada de “Dry Ice” (gelo seco), de modo a enfatizar da melhor forma as linhas deste novo modelo, que têm a assinatura da Pininfarina.

Originalmente, quando foi anunciado como um fuel cell, o NamX HUV estava previsto chegar em 2025, em duas versões.

Em relação a este V8, por agora, está prometido mostrar um protótipo funcional até ao final do ano.