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Inovação

Carro movido a água salgada cumpre 150 000 km

A empresa suíça nanoFlowcell continua o desenvolvimento do seu mais importante modelo, o QUANTiNO 48VOLT. Um protótipo movido a água salgada.

Uma das tecnologias mais promissoras da indústria automóvel são carros movidos a pilha de combustível, vulgo fuel-cell.

Mas ao contrário daquilo que é habitual nas marcas que apostam nesta tecnologia — como a Toyota e a Hyundai —, a empresa nanoFlowcell recorre a água salgada ionizada em vez de hidrogénio para alimentar o sistema de uma forma muito similar.

Desde 2014 que esta empresa suíça tem vindo a apostar no desenvolvimento desta solução que através de uma reação química produz corrente elétrica. Para demonstrar a validade do conceito, a nanoFlowcell tem vindo a testar os seus modelos em condições reais de utilização. Um dos mais avançados é o QUANTiNO 48VOLT.

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Após ter completado 100 000 km em agosto do ano passado, a marca anuncia agora um novo marco: o modelo QUANTiNO 48VOLT já cumpriu 150 000 km.

Como funciona?

No lugar do hidrogénio encontramos outra fonte de energia: água salgada ionizada. Neste sistema, o líquido com iões positivos é armazenado à parte do líquido com iões negativos. Quando este líquidos passam por uma membrana, os iões interagem, gerando corrente elétrica que é usada para alimentar os motores elétricos.

Especificações técnicas
  • Potência:
    109 CV
  • Aceleração 0-100 km/h
    5 segundos
  • Peso do conjunto:
    1421 kg

Até agora, o sistema de bateria demonstrou ser extremamente fiável, não apresenta desgaste nem tem necessitado de manutenção. Com exceção das duas bombas eletrolíticas, o sistema nanoFlowcell não possui peças móveis e, portanto, é pouco propenso a falhas mecânicas.

Quando entrar em comercialização, a nanoFlowcell espera garantir uma vida útil total de 50.000 horas de operação para os seus modelos, com base nos resultados destes testes.

Se transformarmos as 50 000 horas de operação em quilómetros, isso corresponde, a cerca de 1 500 000 quilómetros de garantia.

Em termos de impacto ambiental, o resultado final desta reação química é água — de resto, tal como numa célula de combustível de hidrogénio — permitindo ao automóvel ser «emissões zero» e reabastecer de forma rápida.