Nissan sai da Rússia. Vendeu fábricas e operações por um euro

O «êxodo» de construtores automóveis da Rússia não para de aumentar. Agora foi a Nissan a cessar atividade naquele país.

Recorde-se que desde março que a Nissan tinha a produção na fábrica de São Petersburgo suspensa. Agora, a marca nipónica foi mais longe e anunciou que vai sair por completo da Rússia.

A Nissan vendeu a sua atividade na Rússia à NAMI (Instituto Central de Investigação e Desenvolvimento Automóvel e de Motores), um organismo estatal russo, tal como o Grupo Renault fez com a sua participação na AvtoVAZ (dona da Lada).

Os valores envolvidos

No total, a compra das ações da Nissan na Nissan Manufacturing Russia custou à NAMI apenas… um euro. Já a Nissan assume um prejuízo de cerca de 707 milhões de euros.

Neste negócio está incluída a fábrica da Nissan em São Petersburgo — onde produzia o Qashqai e o X-Trail, cuja produção estava suspensa desde março deste ano, pouco tempo depois do início da invasão da Ucrânia pela Rússia —, o seu centro de investigação e desenvolvimento naquela cidade, bem como o seu centro de vendas e marketing sediado em Moscovo.

Segundo um comunicado divulgado pela Nissan, a NAMI vai usar estas instalações para futuros projetos de veículos de passageiros.

À semelhança do Grupo Renault com as ações da Renault Rússia e da AvtoVAZ, a Nissan pode recomprar as ações agora vendidas no prazo de seis anos.

Debaixo da nova gestão, todos os trabalhadores da Nissan vão receber proteção do emprego durante 12 meses.

João Delfim Tomé

Apaixonado por automóveis desde sempre, o João divide os seus dias entre as teclas da Razão Automóvel e a chave de parafusos do Lada Niva que está a recuperar.

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