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As «novatas» do mercado: as marcas que nasceram no século XXI

Depois de termos ficado a conhecer as marcas que desapareceram desde o ano 2001, ficamos agora a conhecer aquelas que nasceram (ou renasceram) nas últimas duas décadas.

CUPRA Formentor

Se na primeira parte deste Especial vimos que algumas marcas não conseguiram fazer face aos desafios que assolaram a indústria automóvel neste início do século XXI, outras houve que acabaram por tomar o seu lugar.

Algumas vieram do nada enquanto outras renasceram das cinzas como uma Fénix, e até vimos nascer marcas a partir de… modelos ou versões de produtos de outros construtores.

Espalhadas por vários segmentos e dedicadas à produção dos mais diversos tipos de automóveis, deixamos-vos aqui as novas marcas que a indústria automóvel acolheu nas últimas duas décadas.

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Tesla

Tesla Model S
Tesla Model S, 2012

Fundada em 2003 por Martin Eberhard e Marc Tarpenning, só em 2004 é que a Tesla viu chegar Elon Musk, o “motor” por trás do seu sucesso e crescimento. Em 2009 lançou o seu primeiro automóvel, o Roadster, mas foi o Model S, lançado em 2012, que catapultou a marca norte-americana.

Uma das principais responsáveis pela ascensão dos automóveis 100% elétricos, a Tesla tem-se estabeleceu-se como a referência a esse nível e, apesar das dores de crescimento, é hoje a marca automóvel mais valiosa do mundo, ainda que esteja muito longe de ser aquela que mais automóveis faz.

Abarth

Abarth 695 70º anniversario
Abarth 695 70º anniversario

Fundada em 1949 por Carlo Abarth, a empresa homónima seria absorvida pela Fiat em 1971 (deixaria de existir como entidade própria em 1981), tornando-se na divisão desportiva do gigante italiano — é a ela que devemos tantos sucessos da Fiat e Lancia no campeonato do mundo de ralis.

Nos carros de estrada, o nome Abarth acabaria por agraciar vários modelos não só da Fiat (do Ritmo 130 TC Abarth ao mais “burguês” Stilo Abarth), como de outras marcas do grupo. Por exemplo, a Autobianchi com o “espevitado” A112 Abarth.

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Mas em 2007, já com o Grupo Fiat a ser liderado por Sergio Marchionne, foi tomada a decisão de tornar a Abarth uma marca independente, surgindo no mercado com versões “envenenadas” do Grande Punto e do 500, o modelo pela qual é mais conhecida.

DS Automobiles

DS 3
DS 3, 2014 (pós-restyling)

Nascida em 2009 como uma submarca da Citroën, a DS Automobiles foi criada com um objetivo muito simples: oferecer ao então Grupo PSA uma proposta capaz de ombrear com as propostas premium alemãs.

A independência da DS Automobiles como marca chegou em 2015 (na China chegou três anos antes) e deve o seu nome a um dos mais emblemáticos modelos da Citroën: o DS. Ainda que tenha sido atribuído, inicialmente, à sigla “DS” o significado de “Distinctive Series”.

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Com uma gama cada vez mais completa, a marca à qual Carlos Tavares deu 10 anos para “mostrar o que vale” já anunciou que a partir de 2024 todos os seus novos modelos serão elétricos.

Genesis

Genesis G80
Genesis G80, 2020

O nome Genesis na Hyundai nasceu como um modelo, que se elevou a uma espécie de sub-marca e, um pouco como a DS Automobiles, acabou por se tornar numa marca de nome próprio. A independência chegou em 2015, sendo a divisão premium do Hyundai Motor Group, mas o primeiro modelo totalmente original apenas foi lançado em 2017.

Desde então a marca premium da Hyundai tem-se vindo a cimentar no mercado e este ano deu um “grande passo” nesse sentido, estreando-se no muito exigente mercado europeu. Para já está presente apenas no Reino Unido, na Alemanha e na Suíça. Contudo, há planos de expansão para outros mercados, restando apenas saber se o mercado português é um deles.

Polestar

Polestar 1
Polestar 1, 2019

Tal como a larga maioria das marcas que nasceram desde o início do século XXI, também a Polestar “nasceu” em 2017 para se posicionar no segmento premium. Porém, as suas origens divergem de outras aqui referidas, pois o berço da Polestar foi no mundo da competição, correndo modelos da Volvo no STCC (Campeonato Sueco de Turismos).

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O nome Polestar surgiria apenas em 2005, ao mesmo tempo que a proximidade com a Volvo se intensificou, tornando-se parceira oficial do construtor sueco em 2009. Seria adquirida totalmente pela Volvo em 2015 e se, inicialmente, funcionava como uma divisão desportiva da marca sueca (um pouco à imagem de uma AMG ou BMW M), ganharia independência pouco tempo depois.

Hoje tem uma sede própria, um halo-car e planos para uma gama completa onde nem vão faltar os bem sucedidos SUV.

Alpine

Ao contrário das marcas de que vos falámos até agora, a Alpine está longe de ser uma novata. Fundada em 1955, a marca gaulesa “hibernou” em 1995 e teve de esperar até 2017 para voltar à ribalta — apesar do anúncio do regresso ter sido feito em 2012 —, regressando com um nome bem conhecido da sua história, o A110.

Desde então tem lutado para reconquistar o seu espaço entre os fabricantes de desportivos e à “boleia” do plano “Renaulution”, não só assimilou a Renault Sport (com a qual em 1976 o seu departamento de competição se havia fundido), como tem agora planos para uma gama completa e… totalmente elétrica.

CUPRA

CUPRA Born
CUPRA Born, 2021

Originalmente sinónimo dos modelos mais desportivos da SEAT — o primeiro CUPRA (junção das palavras Cup Racing) nasceu com o Ibiza, em 1996 —, em 2018 a CUPRA viu o seu protagonismo no seio do Grupo Volkswagen aumentar, tornando-se uma marca independente.

Enquanto o seu primeiro modelo, o SUV Ateca, continuou a estar “colado” ao modelo homónimo da SEAT, o Formentor iniciou o processo de afastamento da SEAT, com modelos e gama própria, mostrando aquilo de que a jovem marca é capaz.

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Aos poucos, a gama tem vindo a crescer, e apesar de ainda manter ligações muito próximas à SEAT, como o Leon, vai receber uma série de modelos únicos a si… e 100% elétricos: o Born (prestes a chegar) é o primeiro, e até 2025 será acompanhado por outros dois, o Tavascan e a versão de produção do UrbanRebel.

As outras

O séc. XXI está a ser pródigo na criação de novas marcas automóveis, mas na China, o maior mercado automóvel do planeta, é simplesmente épico: só este século foram criadas mais de 400 novas marcas automóveis por lá, muitas delas a quererem aproveitar a mudança de paradigma para a mobilidade elétrica. Tal como aconteceu nas primeiras décadas da indústria automóvel (séc. XX) na Europa e Estados Unidos da América, muitas perecerão ou serão absorvidas por outras, consolidando o mercado.

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Seria demasiado exaustivo mencioná-las todas aqui, mas algumas já apresentam fundações sólidas o suficiente para estarem a expandir-se internacionalmente — na galeria podem encontrar algumas delas, que também começam a chegar à Europa

Fora da China, em mercados mais consolidados, vimos nascer marcas como a Ram, fundada em 2010 como um spinoff da Dodge, e uma das marcas mais rentáveis da Stellantis; e até uma marca de luxo russa, a Aurus, uma alternativa à britânica Rolls-Royce.

 

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