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Paralisação

Rebocadores anunciam paralisação entre 24 de dezembro e 2 de janeiro

Entre as 00h00 do dia 24 de dezembro de 2021 e o final do dia 2 de janeiro de 2022, os rebocadores vão paralisar a sua atividade.

Reboque

Até agora, perto de 250 empresas juntaram-se à anunciada paralisação dos rebocadores, mas prevê-se que este número possa vir a crescer até amanhã, sexta-feira, 24 de dezembro.

O movimento União Nacional dos Rebocadores diz que as queixas do setor têm sido ignoradas, justificando a paralisação anunciada.

Vitor Lima, do movimento União Nacional dos Rebocadores, em declarações à Lusa diz que “estamos a falar de uma paralisação que vai abranger várias regiões do país e que se vai iniciar logo no dia 24 às 00h00 e terá como término o dia 2 de janeiro, ao final do dia. Praticamente uma semana em que, na maior parte das zonas, não haverá serviço de assistência em viagem”.

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O que está a ser reivindicado?

Em causa estão as dificuldades financeiras que afetam as empresas de pronto-socorro, onde as tabelas de preços não são alteradas há mais de 20 anos, situação agravada pelo aumento do preço dos combustíveis este ano.

A União Nacional dos Rebocadores reivindica, assim uma atualização do preço dos serviços e tabelas, como diz Vitor Lima à Lusa: “Reivindicamos a melhoria das tabelas, do preço por quilómetro, bem como tabelas únicas para todas as empresas”. Remata dando o exemplo de serem feitos serviços num raio de até 40 km por 20 euros.

As empresas de assistência em viagem têm “ignorado por completo” as queixas do setor, diz a União Nacional dos Rebocadores, apesar de as terem contactado por diversos meios.

ARAN demarca-se da paralização

A ARAN (Associação Nacional do Ramo Automóvel), apesar de concordar que o “contexto é muito difícil”, afasta-se da paralisação avançando, em comunicado, que não é o “momento adequado”, devido, sobretudo, ao agravamento da crise pandémica no país.

Avança que têm sido feitas conversações com governantes e grupos parlamentares nos últimos meses, “exclusivamente dedicada ao dossier da atividade de prestação de serviços através de veículos de pronto-socorro”, e informa que estão agendadas (para janeiro) reuniões com empresas de assistência em viagem e com seguradoras, para encontrar “soluções de valorização da atividade”.

Face a todo este enquadramento, a ARAN considera este não ser o momento adequado para uma paralisação. Sem prejuízo de essa iniciativa, caso seja do entendimento e intenção das empresas, poder acontecer noutro momento. Julgamos que os Portugueses terão dificuldade em entender uma paralisação nesta fase por poder trazer preocupações adicionais neste final de ano. Consideramos que a estratégia que a ARAN desenhou e tem vindo a pôr em prática é, no nosso entender, a que cuida dos objetivos das empresas do setor, que no fundo correspondem à valorização da atividade.

ARAN

Fontes: Lusa, ARAN