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Mobilidade

A partir de 1 de janeiro vai ficar (ainda) mais caro andar de carro

A partir de 1 de janeiro de 2018 ficará mais caro andar de carro. Se a viagem for de transportes públicos as notícias não são mais animadoras. De resto, um aumento de impostos que se verifica a cada novo Orçamento do Estado.

Andar de carro vai ficar mais caro

No próximo ano a mobilidade só não ficará mais cara para quem anda a pé. Para quem anda de carro ou de transportes públicos a conversa é outra.

Para os automobilistas, o Orçamento do Estado para 2018 contempla um aumento do Imposto Sobre Veículos (ISV) que varia entre os 0,94% e os 1,4%. A forma como esta taxa incide — a conjugação entre a cilindrada e as emissões — agrava os carros mais poluentes e beneficia com uma taxa menos elevada os que apresentam taxas de CO2 mais reduzidos.

O Imposto Único de Circulação (IUC) também será agravado. O Imposto Único de Circulação tem um agravamento médio de 1,4% em todas as tabelas do IUC.

Para os veículos da Categoria B matriculados após 1 de janeiro de 2017, a novidade é a redução da taxa adicional de 38,08 euros para 28,92 euros no escalão “mais 180 até 250 g/km” de emissões de CO2 e de 65,24 para 58,04 euros no escalão “mais de 250 g/km” de emissões de CO2.

Mantém-se a isenção de pagamento de IUC para os veículos exclusivamente elétricos ou movidos a energias renováveis não combustíveis.

No Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) aplicável ao metano e aos gases de petróleo usados como carburante aumenta 1,4%, fixada em 133,56 euros/1000 kg, e entre 7,92 e 9,13 euros/1000 kg, quando usados como combustível.

Autoestradas mais caras

Circular nas autoestradas ficará igualmente mais caro. O aumento previsto pelo Governo dita um agravamento de 1,42%, à luz da taxa de inflação homóloga, sem habitação, em outubro, divulgada em 13 de novembro pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As portagens entre Lisboa e Porto aumentam 45 cêntimos para a classe 1. É o maior aumento registado nas autoestradas concessionadas à Brisa. Também a Infraestruturas de Portugal vai aumentar os preços das portagens das autoestradas.

Os aumentos da Brisa afetam 26% dos troços de autoestrada concessionados à empresa. Já a Infraestruturas de Portugal vai introduzir aumentos em 161 troços de autoestrada, abrangendo o equivalente a 32% da rede. De fora ficam 340 troços de autoestrada, ou seja, 68% do total, cujos preços nas portagens não têm aumentos no próximo ano.

Transporte públicos mais caros

No que toca aos transportes públicos em Lisboa, também há atualização de preços. A título de exemplo, o passe Navegante Urbano (Carris, Metro e CP) terá um aumento de 50 cêntimos, passando a custar 36,70 euros. O Navegante rede passa a custar mais 60 cêntimos.

Os novos tarifários da STCP, no Porto, indicam que o bilhete para uma viagem passa a custar 1,95 euros, enquanto a assinatura mensal passa a custar 47,70 euros.

Os novos preços constam de uma tabela publicada Instituto da Mobilidade e dos Transportes.