Novo ano arranca com gasóleo e gasolina mais caros

As previsões sobre o preço dos combustíveis no final da semana passada apontavam para que o gasóleo simples subisse entre 1-2 cêntimos por litro e a gasolina simples uns mais substanciais 5,5 cêntimos por litro.

Previsões que se confirmam no início desta semana (2 de janeiro), a primeira de 2023, com o gasóleo simples a registar um aumento médio de 1,8 cêntimos por litro, enquanto a gasolina simples «salta» seis cêntimos.

Assim, tendo como ponto de partida os preços médios divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) na última sexta-feira (30 de dezembro) — já inclui os descontos praticados pelas gasolineiras — o preço médio do gasóleo simples fixa-se nos 1,623 €/l, enquanto o da gasolina simples fixa-se nos 1,671 €/l.

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Nas principais gasolineiras há aumentos, nalguns casos, ainda mais expressivos. A Galp aumentou o preço do gasóleo em três cêntimos por litro e o da gasolina em sete cêntimos por litro; na BP, o gasóleo simples sobe quatro cêntimos, o gasóleo aditivado três cêntimos e a gasolina sobe sete cêntimos; por fim, a Repsol, aumentou em três cêntimos o gasóleo e oito cêntimos a gasolina.

Petróleo a subir e desconto do ISP a descer

O aumento do preço dos combustíveis é justificado pela subida do preço do petróleo nos mercados internacionais, assim como pela valorização do euro face ao dólar (a moeda usada nas transações); mas não são as únicas razões.

O Governo decidiu manter durante o mês de janeiro as medidas de redução fiscal extraordinárias para atenuar o impacto da subida expressiva do preço dos combustíveis que se verifica há mais de um ano e agravada pelo guerra na Ucrânia.

Com a entrada do novo mês, o Governo efetuou nova revisão a essas medidas, visando em particular a redução do valor do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), que serve de mecanismo de compensação à receita adicional do IVA.

Face a dezembro de 2022, o desconto do ISP foi reduzido para 1,3 cêntimos por litro no gasóleo e 1,2 cêntimos por litro na gasolina. Porém, a redução total da carga fiscal sobre os combustíveis não diminuiu, mas sim subiu, passando dos 27,3 cêntimos por litro no gasóleo e de 24,7 cêntimos por litro na gasolina em dezembro para, respetivamente, 35,9 cêntimos e 32,5 cêntimos em janeiro.

Tal aumento é justificado pela manutenção da suspensão da atualização da taxa de carbono — deveria ter sido revista no início do novo ano.

Fonte: Eco, Mais Gasolina