Governo abranda descida no preço dos combustíveis

Numa semana que marca o regresso à rotina de diversos condutores, a notícia de uma descida de preço nos combustíveis viria mesmo a calhar. Só que, ao contrário das previsões do setor, não vai acontecer.

O motivo explica-se por uma nova atualização do descongelamento da taxa de carbono, a segunda desde o dia 23 de agosto. Segundo o comunicado do Governo, esta atualização destina-se a “retomar o objetivo de promoção de uma fiscalidade verde e descarbonização da energia”.

Esta medida foi publicada em Diário da República este domingo, sendo indicada uma atualização na taxa de carbono que passa dos 68,368 €/t de CO₂ para os 74,429 €/t de CO₂. Ainda assim, abaixo dos 83,524 €/t previstos para este ano, caso o congelamento da taxa nunca tivesse acontecido.

Na prática, isto traduz-se num aumento da carga fiscal nos combustíveis em cerca de 1,5 cêntimos, tanto para a gasolina como para o gasóleo. Desta forma, em vez da descida de valores que anunciámos na semana passada, o preço de cada litro de gasolina desce cerca de 2,5 cêntimos e o gasóleo praticamente não muda de preço.

Ou seja, a partir de hoje, o preço médio do gasóleo (simples) fica então em 1,522 €/l, enquanto a gasolina (simples 95) desce para 1,658 €/l.

Como é habitual, a base de cálculo são os valores indicados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), neste caso, os da passada sexta-feira, dia 06 de setembro. Os números da DGEG já incluem os descontos praticados pelas gasolineiras e também as medidas do Governo atualmente em vigor.

Nunca será demais lembrar, no entanto, que este não é o preço dos combustíveis que os consumidores vão encontrar nos postos de abastecimento. Estes são apenas preços médios e indicativos.

Ajustes nas gasolineiras

As mudanças mais visíveis na rede de postos de abastecimento, mostram que a Galp desceu o preço da gasolina em quatro cêntimos por litro e o gasóleo 1,5 cêntimos. Na BP, a descida do preço da gasolina foi de 0,045 €/l enquanto a do gasóleo foi de 0,025 cêntimos. Na Repsol, a descida foi mais comedida, de 1,8 cêntimos e apenas na gasolina. Já o gasóleo aumentou de preço em 0,4 cêntimos.

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No que diz respeito ao GPL, a tendência é de subida, com um valor de 1,1 cêntimos por litro na Galp e na Repsol. Na BP, a subida de preço de cada litro de GPL chegou mesmo aos 3,5 cêntimos.

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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