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Combustíveis desceram esta semana mas ninguém notou

A semana começou com uma descida no preço dos combustíveis, com a gasolina simples a descer mais do que o gasóleo simples.

Abastecimento de um automóvel vermelho
© Wassim Chouak / Unsplash

Tal como foi antecipado pelas previsões da passada sexta-feira (1 de novembro), confirma-se uma descida no preço dos combustíveis no início desta semana.

Assim, esta segunda-feira, 4 de novembro, começou com uma descida de 0,008 euros por litro no preço médio do gasóleo simples, fixando-se em 1,56 €/l. No caso da gasolina simples a descida registada foi de 0,029 euros, elevando o preço médio para 1,685 €/l.

O GPL, por sua vez, que se tem mantido num valor bastante estável, sofreu um aumento ligeiro de 0,008 euros por litro, fixando o seu preço médio em 0,888 €/l.

Posto de combustível
© André Mendes / Razão Automóvel

Como é habitual, a base de cálculo são os valores indicados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), neste caso, os de sexta-feira, dia 1 de novembro. Os números da DGEG já incluem os descontos praticados pelas gasolineiras e também as medidas do Governo atualmente em vigor.

No entanto, nunca será demais lembrar que este não é o preço dos combustíveis que os consumidores vão encontrar nos postos de abastecimento. Estes são apenas preços médios e indicativos.

Olhando mais em detalhe para a evolução do preço dos combustíveis nas principais gasolineiras, a BP e a Galp desceram o preço da gasolina simples em quatro cêntimos por litro. Relativamente ao gasóleo, a BP reduziu o preço em 1,5 cêntimos por cada litro abastecido, enquanto na Galp a descida foi de um cêntimo por litro. A Galp aumentou ainda o preço do GPL em 4,1 cêntimos.

Relativamente à Repsol, esta desceu o preço da gasolina simples em 3,5 cêntimos por litro e o do gasóleo simples em meio cêntimo por litro.

Medidas do Governo

As medidas extraordinárias de apoio aos combustíveis mantém-se em vigor, mas têm sido progressivamente reduzidas. O valor da taxa de carbono, por exemplo, já foi atualizado por três vezes, desde o dia 26 de agosto.

O recuo dos «descontos fiscais» promete continuar em 2025, como se lê na proposta do Orçamento do Estado. O Governo propõe para o próximo ano o “fim da isenção de ISP sobre os biocombustíveis avançados e o descongelamento progressivo da taxa de carbono”. Caso seja aprovado como está, o Governo prevê que o ISP renda mais de 750 milhões de euros em receitas, comparativamente a este ano.

Por agora, o impacto acumulado da atualização da taxa de carbono no preço dos combustíveis ascende a 7,5 cêntimos por litro no gasóleo e 6,9 cêntimos na gasolina (fonte: Eco).

O «desconto» do ISP mantém-se — 15,1 cêntimos por litro no gasóleo e 16,3 cêntimos por litro na gasolina —, mas o somatório de todas as ajudas é, previsivelmente, inferior. Totalizando 17,6 cêntimos por litro de gasóleo e 19,2 cêntimos por litro de gasolina.

Fonte: Mais Gasolina

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