Notícias Marcas chinesas vão começar a produzir na Europa. Saiba quais e onde

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Marcas chinesas vão começar a produzir na Europa. Saiba quais e onde

Os fabricantes chineses de automóveis estão a planear abrir diversas fábricas na Europa, que elimina a ameaça de eventuais penalizações nas tarifas de importação.

produção do BYD ATTO3
© BYD

Com o arrefecimento da procura por elétricos que se tem feito sentir nos últimos meses, a nova e agressiva concorrência chinesa traz desafios acrescidos aos construtores automóveis europeus no «seu» próprio mercado.

Apesar de a União Europeia (UE) já ter estabelecido uma tarifa de importação aos veículos chineses de 10%, estes continuam a ter uma enorme vantagem competitiva, que é considerada injusta. Tudo porque a indústria automóvel chinesa tem sido beneficiada pelo Estado.

Esses benefícios estatais já levaram a UE a iniciar uma investigação e os primeiros indícios como que os confirmam. Por isso mesmo, a UE pondera impor tarifas extra aos automóveis importados da China como forma de punição.

Perante este contexto tenso, os fabricantes chineses vão seguir o exemplo dos japoneses nos anos 80, que se debateram com um problema semelhante em lidar com tarifas de importação elevadas: produção local.

A Chery, BYD ou a Dongfeng, entre outros, já divulgaram planos para instalarem fábricas na Europa, não só contornando a tarifa de importação de 10% como eventuais tarifas adicionais.

Quais as fábricas planeadas?

A Chery planeia começar a produção de modelos da sua marca Omoda (não comercializada em Portugal) na fábrica que já foi da Nissan em Barcelona (Espanha), através de uma joint venture com a EV Motors, ainda antes do final deste ano.

Também a BYD, que recentemente esteve «nas bocas do mundo» por alegadamente ser uma das mais beneficiadas pelo governo chinês, planeia começar a sua produção na Europa antes de 2026, numa fábrica localizada na Hungria — onde já produz autocarros elétricos.

A fábrica irá ter uma capacidade anual de 150 mil unidades, número que pode duplicar para as 300 mil unidades anuais. Esta decisão vem no seguimento do seu objetivo ambicioso de atingir 5% de quota na venda de automóveis elétricos na UE.

Apesar de ainda não terem planos oficiais para produzir na Europa, a Dongfeng Motor Corporation, representada pela Salvador Caetano em Portugal, está em negociações com o governo italiano para a localização de uma nova fábrica. Esta deverá produzir mais de 100 mil veículos anualmente, disse Qian Xie, chefe de operações na Europa, à Reuters.

Por sua vez, a Leapmotor — detida em 20% pela Stellantis —, tem planos para começar a montar automóveis numa das fábricas europeias do grupo.

Leapmotor T03 frente
© Leapmotor Leapmotor T03

A produção do citadino elétrico T03 poderá começar ainda antes do verão, na fábrica da Stellantis na Polónia.

E a MG?

A única que ainda não se pronunciou a 100% sobre a sua intenção de produzir na Europa foi a MG Motor, que faz parte do gigante chinês SAIC.

Apesar de ser a marca chinesa (nascida britânica) que mais vende na Europa, por larga margem — 231 684 mil unidades em 2023 —, é a única que ainda não tem planos concretos para produzir localmente. A MG, no entanto, declarou que irá tomar uma decisão no prazo de dois ou três anos.

A SAIC, no entanto, é proprietária de parte de uma fábrica em Longbridge, Inglaterra — onde foi produzido, por exemplo, o Mini original ou o MG TF —, que deixou de montar automóveis em 2016. Contudo, desde 2020, várias áreas da fábrica que estavam antes destinadas à produção e montagem automóvel, foram vendidas para serem áreas comerciais e residenciais.

Fonte: Automotive News Europe

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