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Mercedes-Benz vai acabar com os seus comerciais mais pequenos

A Mercedes-Benz vai abandonar os seus comerciais mais compactos e menos rentáveis, encerrando parte da sua parceria com a Renault.

Mercedes-Benz Citan

A Mercedes-Benz vai encerrar a produção do Citan e do Classe T (versão de passageiros), ambos derivados do Renault Kangoo, para se concentrar em modelos que ofereçam maiores margens de lucro.

Segundo o que a marca alemã avançou à Automobilwoche, esta decisão insere-se numa estratégia de otimização da gama, ao mesmo tempo que procura crescimento em segmentos mais lucrativos. A produção deverá ser encerrada em meados do próximo ano.

Em 2024, as vendas totais dos veículos comerciais da Mercedes-Benz recuaram 9% totalizando 405 610 unidades. O Classe T foi o mais afetado, com uma queda de 31% (apenas 5117 unidades vendidas), enquanto o Citan caiu 3%, para 23 353 unidades.

Mercedes-Benz Classe T dianteira 3/4
© Mercedes-Benz Mercedes-Benz Classe T

Apesar do recuo, o setor de veículos comerciais continua a oferecer maior rentabilidade para o construtor do que o de veículos de passageiros. Para 2025, a Mercedes-Benz prevê margens de lucro entre 10% e 12% nos comerciais, contra 6% e 8% nos ligeiros de passageiros.

Nova geração de comerciais

Com o fim da Citan e Classe T, a Mercedes-Benz vai concentrar-se em modelos como o Vito, Classe V e Sprinter, bem como na transição para veículos comerciais elétricos.

O fabricante prepara-se para apresentar o protótipo Vision V, no Salão de Xangai, a 23 de abril, que antecipa o futuro Classe V elétrico. Os futuros furgões elétricos vão começar a chegar em 2026 e assentarão na futura plataforma Van.EA.

Fim da parceria com a Renault?

O fim da produção da Citan e Classe T representa mais um passo no desvanecer da colaboração industrial entre a Mercedes-Benz e a Renault.

Como referimos no início, estes modelos derivam diretamente do Renault Kangoo. São construídos na mesma fábrica francesa onde também é produzida uma versão do Kangoo para a Nissan e onde a Renault vai produzir o novo 4 E-Tech.

Um porta-voz da Renault confirmou à Automotive News Europe que a decisão da Mercedes-Benz não afeta a produção dos restantes modelos da unidade de Maubeuge.

Atualmente, o único projeto comum entre a Mercedes-Benz e a Renault decorre no México, contando também com a participação da Nissan. Contudo, esta parceria também poderá estar em risco, numa altura em que as ligações entre a Renault e a Nissan também continuam a enfraquecer — numa conjuntura agravada pelas novas tarifas dos EUA sobre veículos importados.

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