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Há dois bons motivos que levam a Nissan a adotar o gigacasting

Nissan inspira-se na Tesla e junta-se ao grupo de construtores que estão a adotar o gigacasting como uma das suas técnicas de produção.

Nissan Hyper Urban dianteira
© Nissan

A Nissan também vai seguir os passos da Tesla e adotar a técnica de produção com gigacasting. Desta forma, segundo a marca, será possível reduzir os custos de produção de componentes para automóveis elétricos em 10%. No entanto, a redução de custos global pode mesmo chegar aos 30%.

O construtor japonês está a planear a utilização desta solução na produção de peças de alumínio de maiores dimensões. Sendo que esta decisão, na prática, engloba um conjunto de benefícios a longo prazo, tal como referido pelo vice-presidente executivo da Nissan, Hideyuki Sakamoto.

Além da redução de custos, a adoção do gigacasting tem outras vantagens importantes, tais como o aumento da rigidez estrutural de cada modelo e a sua redução de peso em cerca de 20%. Além disso, o tempo de produção também pode ser 20% mais curto.

Nissan Concept 20-23 frente
© Nissan A Nissan vai lançar uma nova geração do Micra 100% elétrica e o Concept 20-23 é o que nos dá algumas pistas de como esta poderá ser.

Segundo a Nissan, a utilização do gigacasting deverá começar já a partir de 2027, com o início da produção de uma nova geração de automóveis elétricos.

A marca nipónica junta-se assim a um conjunto de fabricantes que também está a adotar esta solução, tais como a Volvo, a Toyota, a Ford e a Hyundai.

A marca de Elon Musk foi a primeira a introduzir esta técnica de produção, também conhecida como megacasting.

Nem tudo será fácil

Apesar da Nissan ter um «historial» com cerca de dez anos na fundição sob pressão (die casting) de larga escala, a realidade é que esta «nova» técnica de gigacasting apresenta alguns desafios. Entre eles, os custos iniciais muito elevados e as dificuldades em garantir a precisão e a qualidade de cada molde.

No entanto, com a utilização de máquinas capazes de gerar milhares de toneladas de pressão, passa a ser possível produzir componentes de maiores dimensões para a construção de automóveis e num período de tempo inferior.

Segundo Sakamoto, a secção traseira inferior da nova família de automóveis elétricos, por exemplo, é um módulo que pode ter até 100 peças, mas que podem ser combinadas num único componente, injetando alumínio líquido num molde capaz de gerar uma força de aperto de 6000 toneladas.

Nissan Hyper Adventure concept - 3/4 de traseira
© Nissan

Uma batalha pelo custo

Até 2028 a Nissan vai desenvolver uma nova gama de cinco modelos 100% elétricos, com os quais espera conseguir alcançar a paridade de custos com os carros de combustão até 2030. E desta forma, aumentar as suas vendas anuais em cerca de 300 mil unidades.

Apesar do desenvolvimento, a Nissan não é o único fabricante a utilizar esta tecnologia. De acordo com especialistas, será crucial implementar estas mudanças com rapidez, uma vez que rivais como a Tesla e a BYD, continuam a adotar novas tecnologias e a reduzir os custos a uma velocidade maior.

Para saber mais sobre o gigacasting ou megacasting e outras tecnologias que estão a revolucionar a indústria automóvel, fica o convite para assistir ao Auto Rádio sobre este tema:

Fonte: Automotive News Europe

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