Notícias 0-100 km/h em menos de um segundo. Estudantes batem recorde elétrico

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0-100 km/h em menos de um segundo. Estudantes batem recorde elétrico

O recorde de aceleração dos 0 aos 100 km/h em veículos elétricos foi batido, baixando pela primeira vez da marca de um singelo segundo.

Mythen a arrancar
© ETH Zürich

Se nos cingirmos a carros de produção, o mais rápido nos 0-100 km/h é o elétrico Rimac Nevera. Os seus 1914 cv permitem fazer esse exercício em escassos 1,81s.

E se esquecermos a «ditadura da produção»? O céu parece ser o limite… Algo que podemos comprovar pelo que um grupo de estudantes da ETH Zurique e Universidade de Ciências Aplicadas de Lucerne (Suíça) alcançou.

Estudantes à volta do Mythen em preparação para o recorde
© ETH Zürich

A sua equipa AMZ (Academic Motorsports Club Zurich) simplesmente estilhaçou o recorde de aceleração para um veículo elétrico que lhes tinha sido «roubado» há um ano, pelos rivais da Universidade de Estugarda (Alemanha), a GreenTeam.

Relembramos que os estudantes alemães registaram um tempo certificado de escassos 1,46s, mas os suíços encontraram forma de tirar meio segundo a esse registo.

O resultado: um tempo absolutamente insano de 0,956s!

Kate Maggetti foi a piloto que esteve aos comandos do Mythen — o nome que foi dado ao carro —, tendo precisado de percorrer apenas 12,13 m para atingir os 100 km/h. O recorde volta a pertencer, assim, à equipa AMZ, que já tinha sido seu em 2014 e 2016.

O Mythen

O mini-bólide 100% elétrico foi totalmente concebido pelos estudantes: das placas de circuitos impressas, ao chassis e bateria.

Toda a equipa de estudantes que desenvolveu e concebeu o Mythen
© ETH Zürich Equipa orgulhosa do recorde alcançado

O Mythen conta com uma estrutura do tipo favo de mel em alumínio e também faz uso de fibra de carbono, pesando apenas 140 kg. Não se deixem enganar pelas dimensões mínimas e peso ligeiro: são quatro motores elétricos (um por roda) que totalizam 240 kW (326 cv) de potência, o que dá uma relação peso-potência abaixo dos 0,5 kg/cv.

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Porém, para conseguir este tempo de aceleração de doidos, os estudantes tiveram de encontrar uma solução para colocar toda a força dos motores sobre o asfalto da forma mais eficaz possível.

Arranque do Mythen
© ETH Zürich

O responsável pela aerodinâmica na AMZ, Dario Messerli, esclareceu. Começou por explicar que não podiam fazer como num Fórmula 1, que usa asas para gerar downforce para «colar» o monolugar ao asfalto, pois esse efeito só surge a partir de uma certa velocidade. Era necessário garantir o máximo de tração desde o zero:

“Para garantir a tração necessária desde o início, a equipa AMZ desenvolveu uma espécie de aspirador que segura o veículo ao chão através de sucção”.

Dario Messerli, diretor da aerodinâmica na AMZ

Resta agora esperar pela resposta alemã. Será que daqui a um ano veremos o recorde dos 0 aos 100 km/h dos estudantes suíços cair?