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Rimac Nevera bate recorde de velocidade… em marcha-atrás

O Rimac Nevera acrescenta mais um recorde de velocidade à sua extensa lista de recordes, mas este foi feito ao contrário… em marcha-atrás.

Rimac Nevera em pista em marcha-atrás
© Rimac

O Rimac Nevera tem tido um ano de 2023 cheio… a bater recordes. De uma vez só bateu 23 recordes de velocidade, tornou-se no elétrico de produção mais rápido no Nürburgring e o ano ainda não acabou. Há sempre espaço para mais um…

E este novo recorde não podia ser mais diferente. Ao contrário dos outros, alcançados com o Nevera a «disparar» para a frente, este recorde de velocidade foi feito a andar para trás.

Rimac Nevera frente 3/4
© Rimac

A premissa era simples: afinal, qual a velocidade que o Nevera conseguiria atingir em marcha-atrás? Uma velocidade absurdamente elevada, como ficámos agora a saber.

O Rimac Nevera alcançou uns surpreendentes 275,74 km/h em marcha atrás, atingidos na pista de testes Automotive Testing Papenburg, na Alemanha, e certificados pelo Guinness World Records.

Uma velocidade que deixa muitos desportivos «a sério» a andar para a frente para trás. Recordamos que o Nevera é também o elétrico com maior velocidade de ponta do mundo: 412 km/h.

Como conseguiu atingir esta velocidade em marcha-atrás?

Uma das principais razões para conseguir este feito deve-se à «natureza» elétrica do Rimac Nevera. Ao contrário dos automóveis a combustão (e de uns poucos elétricos), não tem caixa de velocidades.

O hiperdesportivo croata tem um motor por roda — 1912 cv de potência máxima combinada —, com a transmissão a ser feita através de uma única relação fixa entre cada motor e a sua roda.

Ou seja, essa relação fixa que é capaz de lançar impetuosamente o Rimac Nevera para a frente e fazer com que ultrapasse os 400 km/h, teoricamente, é capaz de fazer o mesmo na direção contrária. Basta mudar a direção de rotação do motor elétrico.

Foi o que referiu Matija Renić, engenheiro-chefe do Nevera, afirmando que esta tentativa de recorde começou como uma piada, ainda o Nevera estava em desenvolvimento.

No entanto, apesar de ser teoricamente possível, Renić disse que “a aerodinâmica, arrefecimento e estabilidade não foram, afinal, concebidas para viajar para trás a alta velocidade”. Mas a ideia em si nunca morreu…

Mas depois, começámos a falar sobre como seria divertido tentar. As nossas simulações mostraram que poderíamos alcançar bem mais de 240 km/h, mas não tínhamos grande ideia do quanto estável seria — estávamos a entrar em território desconhecido.

Matija Renić, engenheiro-chefe do Nevera

Esse “território desconhecido” foi explorado por Goran Drndak, o piloto de testes da Rimac que estabeleceu o recorde. Foi uma experiência “nada natural” e “levou tempo a habituar-me”, começou por afirmar.

“Estamos virados para trás a ver o cenário afastar-se de nós cada vez mais rápido, a sentir o pescoço a ser empurrado para a frente, sendo quase a mesma sensação que teríamos quando travamos forte”.

Goran Drndak, piloto de testes da Rimac

A estabilidade do Nevera a alta velocidade em marcha-atrás foi outra das preocupações de Goran Drndak: “mexemos o volante o mais gentilmente possível, com cuidado para não perturbar o equilíbrio, olhando para a trajetória e ponto de travagem através do retrovisor, ao mesmo tempo que olhamos para a velocidade”.

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No final, apesar de todos os receios à volta deste recorde de velocidade… “nada natural”, Goran Drndak diz que o Rimac Nevera fez parecer fácil obtê-lo, apesar de nunca ter sido concebido para isto.