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Segurança Rodoviária

Estradas portuguesas em 2023 tiveram mais acidentes e vítimas

Os números da sinistralidade rodoviária nas estradas portuguesas subiram em 2023, mas permanecem abaixo dos de 2019, o ano de referência para as metas de 2030.

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© Volvo

Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) divulgou os números da sinistralidade rodoviária relativos ao ano de 2023 e estes agravaram-se relativamente a 2022. Porém, estão abaixo dos números de 2019, o ano de referência para monitorização das metas de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030.

A tendência, comparando com a média da última década (2010-19), é uma de diminuição nas vítimas mortais (-13,7%) e no índice de gravidade (-19,4%). No entanto, o número de acidentes (+6,8%) e feridos graves (+9,1%) e leves (+3,2%) tem subido.

Os números de 2023

Registaram-se no ano passado, no Continente e nas Regiões Autónomas, 36 595 acidentes de viação com vítimas, dos quais resultaram 479 óbitos, 2646 feridos graves e 42 890 feridos leves.

acidente carro

São mais 2319 acidentes (+6,8%), mais seis vítimas mortais (+1,3%), mais 209 feridos (+8,6%) e mais 2776 feridos leves (+6,9%), comparativamente a 2022. Este aumento poderá estar relacionado, em parte, com o aumento de circulação, tendo-se registado um aumento de 6% no consumo de combustível rodoviário.

Qual a natureza dos acidentes?

Mais de metade dos acidentes registados — 52,7% — foram colisões, tendo estas incluido 40,9% (191) das vítimas mortais e 45,9% (1119) dos feridos graves.

Contudo, apesar das colisões serem a natureza de acidente mais registada, foram os despistes — 33,9% do total de acidentes de 2023 —, os responsáveis pelo maior número de ó3bitos, tendo representado 47,3% (221) do número total.

O número de colisões e despistes também aumentaram relativamente a 2022, respetivamente, 8,5% e 5,1%.

Vítimas por tipo de via

Houve mais vítimas mortais fora das localidades (244) do que dentro das localidades (223), mas no primeiro caso registou-se uma descida (-1,6%) face a 2022, enquanto no segundo caso houve um aumento (3,2%). Ainda assim, ambos os registos são inferiores aos de 2019.

O maior número de acidentes ocorreu principalmente em arruamentos, correspondendo a 62,8% do total, representando 29,6% (138) das vítimas mortais e 45,9% (1118) dos feridos graves.

Nas estradas nacionais, nas autoestradas e estradas municipais, a «fatia» é mais pequena, com a primeira a representar 19,9% dos acidentes totais, a segunda 5,7% e a terceira 3,6%.

Em comparação com 2022, registou-se um aumento de acidentes nestas quatro vias, mas houve menos vítimas mortais e feridos graves, à exceção das estradas nacionais, em que se registaram mais vítimas mortais (+6,1%).

E por distrito…

Olhando para os distritos, as maiores reduções no número de vítimas mortais verificaram-se em Bragança (menos três mortes, menos 50%), Viseu (menos nove mortes, o que significa menos 37,5%) e Évora (menos três vítimas mortais, menos 23,1%).

Por outro lado, os distritos onde se verificaram os maiores aumentos em termos de vítimas mortais foram Castelo Branco (mais 10 mortes, o que equivale a mais 100%), Portalegre (mais quatro mortes, o que significa mais 33,3%) e Beja (mais cinco mortes, mais 23,8%).

Olhando para os números absolutos, os distritos que registaram mais vítimas mortais foram Setúbal (50), Porto (50), Lisboa (45) e Braga (35). Bragança foi o que registou menos, apenas três.

Motociclos com maior aumento de vítimas

Por fim, no que se refere ao tipo de veículos, são os ligeiros que concentram o maior número de vítimas — afinal, são o tipo de veículos mais comum —, com 40 663 vítimas, o que equivale a um aumento de 6,2% face ao período homólogo do ano anterior.

No entanto, foram os motociclos que registaram o maior aumento face a 2022, com mais 16,4%, a que correspondem 8936 vítimas. Também os veículos pesados viram o número de vítimas aumentar para 1533, mais 5,5% do que 2022.

Fonte: ANSR