Rolls-Royce também vai ser 100% elétrica até 2030

A Rolls-Royce vai tornar-se uma marca 100% elétrica até 2030. A confirmação foi feita pelo diretor executivo da empresa britânica, Torsten Müller-Ötvös, em declarações aos britânicos da Autocar.

Depois de em 2021 ter alcançado o maior número de vendas de sempre, a Rolls-Royce vai evoluir progressivamente para um alinhamento totalmente elétrico até ao final da década.

Até essa altura e como explicou Müller-Ötvös, é importante que cada modelo seja substituído por uma alternativa 100% elétrica, fazendo do atual Ghost  o último modelo novo com motor a combustão.

A revolução elétrica da Rolls-Royce vai arrancar com o Spectre, o seu primeiro modelo elétrico, que vamos conhecer já em 2023. Depois disso seguem-se as versões 100% elétricas do Cullinan, Ghost e Phantom.

É o desejo dos clientes

Durante esta entrevista, Müller-Ötvös falou sobre a legislação no Reino Unido que pretende banir a venda de novos carros com motor de combustão interna até 2030, mas revelou que essa não é a única motivação que suporta esta mudança de paradigma dentro da marca.

“Não somos apenas motivados pela legislação: também somos motivados pela nossa clientela jovem por todo o mundo e estamos a ver cada vez mais pessoas a pedir um Rolls-Royce eletrificado”, disse.

“Muitos dos nossos clientes já têm um carro elétrico, seja um Tesla, um BMW ou outro modelo”, explicou Müller-Ötvös, antes de reconhecer que já têm conhecimento da rede de postos e da gestão de autonomia.

Além de confirmar a “eletrificação de todo o portfólio”, Müller-Ötvös não revelou mais detalhes sobre a estratégia de eletrificação da Rolls-Royce. Mas reconheceu que isso é “uma enorme tarefa para uma empresa relativamente pequena”.

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Preços não vão subir

Mas apesar do forte investimento que esta transição vai exigir, isso não se fará sentir necessariamente no preço dos modelos, pelo menos de forma direta.

“Nós nunca definimos preços com base nos custos, definimos preços com base nos segmentos e no conteúdo”, rematou Müller-Ötvös.

Fonte: Autocar

Miguel Dias

Futebol e automóveis, duas paixões que o perseguem. Começou por trabalhar na primeira mas acabou a perceber que aquilo que o fazia mesmo feliz era a segunda.

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