Ford Mustang de quatro portas? Talvez, mas não será elétrico

O Ford Mustang está na categoria dos automóveis mais conhecidos do mundo, já com seis décadas de história. No entanto, esta é uma história que continua a ser contada, em alguns capítulos, pelo atual CEO da empresa, Jim Farley.

Durante o Goodwood Members’ Meeting, Farley foi entrevistado pela Autocar e revelou um pouco do ambicioso plano de expansão para o futuro deste ícone da marca da oval azul.

No desenvolvimento da mais recente geração do Ford Mustang, apresentada no ano passado, um dos esboços mostrava uma carroçaria de quatro portas, sendo esta apenas uma das ideias em cima da mesa.

Tal como referido por Jim Farley, no entanto, quaisquer novas variantes do Mustang só serão aceites pelos entusiastas se mantiverem o “desempenho e a atitude” dos modelos existentes. “Nunca construiremos um Mustang que não seja um verdadeiro Mustang”, refere.

Ainda assim, Farley admitiu que a Ford poderia explorar novas formas de dar ainda mais destaque ao modelo original. Seja através de versões mais acessíveis para os compradores, seja através de outras, mais destinadas a elevar o desempenho do Mustang para um patamar superior.

De um lado desta ideia podem estar novos formatos de carroçaria, tais como o de quatro portas, por exemplo. Do outro, uma linha de versões de prestações melhoradas e que já são visíveis através do Ford Mustang GTD de 800 cv.

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Apesar de tudo isto, Farley adiantou que a Ford terá de ser cuidadosa ao alargar a oferta da gama Mustang, de forma a não a «diversificar» excessivamente. Embora reconheça o sucesso de modelos como o Lamborghini Huracán Sterrato ou o Porsche 911 Dakar, por exemplo, o CEO da marca não acredita que esse seja o caminho certo para o Mustang.

Então e o Ford Mustang Mach-E?

Durante a entrevista, Jim Farley refere que “nunca haverá espaço para um pequeno SUV de cinco lugares com o logótipo Mustang”, ainda que isso já tenha acontecido.

Segundo o CEO da Ford, isso também faz parte do plano, sendo que o Mach-E apenas partilha o nome com o Mustang. De forma a compensar os custos de desenvolvimento e produção dos motores de combustão interna, a Ford pretende continuar a desenvolver uma gama de modelos 100% elétricos.

Desta forma, será possível continuar a fabricar motores V8 “enquanto Deus e os políticos nos permitirem”, afirma. Ainda assim, Farley não coloca de parte a utilização de uma tecnologia híbrida em futuras propostas da gama Mustang, de forma a melhorar as emissões de carbono e melhorar o desempenho.

Fonte: Autocar

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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