Notícias Vendas de elétricos vão subir? Stellantis e Renault dizem que está perto de acontecer

Salão de Paris 2024

Vendas de elétricos vão subir? Stellantis e Renault dizem que está perto de acontecer

Os responsáveis de marcas da Stellantis e Grupo Renault em declarações dadas no Salão de Paris, justificaram a previsão.

Renault 5 E-Tech, na estrada, frente /4
© Renault

A transição para a mobilidade elétrica está a ser mais desafiante do que aquilo que estava inicialmente previsto. O ano de 2024 está a ser particularmente difícil, verificando-se uma descida generalizada de vendas de elétricos no mercado europeu — há exceções, como em Portugal —, com a redução ou fim dos incentivos a estar entre as principais causas.

No entanto, há sinais de que este rumo das coisas poderá estar perto do fim, prevendo-se uma recuperação significativa, isto se atentarmos às declarações dos responsáveis da Stellantis e Grupo Renault, durante o Salão de Paris.

“Podemos estar perto de um ponto de viragem relativamente à procura de elétricos.”

Thierry Koskas, CEO da Citroën
Citroën C3 Aircross
© Citroën Citroën ë-C3 Aircross teve a sua apresentação pública no Salão de Paris.

O que mudou?

O ponto de viragem, segundo declarações de ambos os grupos, vai estar no aumento da oferta de veículos elétricos mais acessíveis. E é isso que podemos ver no Salão de Paris, que está a decorrer durante esta semana.

Nos pavilhões do Paris Expo Porte de Versailles apresentou-se uma nova geração de elétricos mais acessíveis como o Citroën ë-C3, à venda em Portugal a partir de 23 300 euros. No início do próximo ano prevê-se que seja lançada uma versão abaixo dos 20 mil euros. Além disso, apresentou publicamente pela primeira vez o novo C3 Aircross, proposta mais familiar, cuja versão elétrica tem preços a começar abaixo dos 27 mil euros.

“Os nossos clientes estão a ser muito claros quando dizem que os elétricos estão muito caros. É por isso que estamos implacáveis nos nossos esforços para reduzir o custo total de produção.”

Carlos Tavares, CEO da Stellantis

Por sua vez, o Grupo Renault apresentou o novo Renault 4 E-Tech, uma reinterpretação da icónica 4L, que promete uma autonomia de até 400 km (WLTP) e um preço inferior a 35 mil euros. Além disso, talvez ainda mais importante, o grupo francês está a iniciar o lançamento do Renault 5 E-Tech, com preços a começar nos 25 mil euros.

Luca de Meo, o diretor-executivo do Grupo Renault, em entrevista ao canal Bloomberg Television no Salão de Paris, afirmou que “quando se tem o produto, talvez se consiga mudar a conversa em torno dos elétricos”.

O executivo mencionou os resultados obtidos num evento portas-abertas no último fim de semana, para reforçar o argumento, onde os elétricos representaram entre 35% a 40% das vendas do grupo. No entanto, Luca de Meo não deu mais detalhes sobre as particularidades desse evento.

Luca de Meo vai mais longe e diz que, para além dos elétricos a preços mais baixos, é preciso cooperar com a China como outra das soluções para acelerar a eletrificação na Europa.

“Sem uma boa cooperação com os chineses, eu acho que vai ser mais difícil acelerar a eletrificação na Europa.”

Luca de Meo, CEO do Grupo Renault

As relações comerciais entre a China e a União Europeia (UE) têm estado tensas e a aprovação das tarifas aduaneiras adicionais de até 35% na importação de automóveis elétricos produzidos na China, apenas as acentuaram.

O diretor-executivo do Grupo Renault, que duplica funções como presidente da ACEA (Associação Europeia de Fabricantes Automóveis) não apoia as tarifas, pois vão limitar o número de propostas com preços competitivos dos compradores. Luca de Meo considera que a UE deveria, ao invés, apoiar a indústria com uma estratégia industrial coesa que encoraje a inovação e apoia a produção.

Fonte: Bloomberg

Sabe esta resposta?
Quantos significados tem o nome Scénic para a Renault?
Oops, não acertou!

Pode encontrar a resposta aqui:

O nome Scénic na Renault tem mais significados do que imagina