Suzuki Xbee. Um crossover citadino que gostávamos de ver na Europa

Pequeno, mas a prometer tanto ou mais que os “grandes”, o Suzuki Xbee — lê-se Cross Bee — é a mais recente proposta da marca para o segmento dos crossovers citadinos, um espaço ainda pouco frequentado. Na Europa, além do Ignis, também da Suzuki, de dimensões semelhantes ao XBee, apenas o Fiat Panda se aproxima deste conceito.

Apresentado como protótipo no último Salão de Tóquio, resta apenas lamentar, face à imagem irreverente, espaço anunciado e competência também para o offroad, o facto de não ter comercialização prevista para a Europa.

Se parece familiar, é porque o XBee replica o estilo de inspiração retro do  “kei car” Hustler, apenas aumentando a escala, cativando, desde logo, olhares e atenções. Felizmente, o XBee de produção não tem grandes alterações estéticas face ao estudo que lhe está na origem.

Fuga de imagens

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Suzuki Xbee só com 1.0 Turbo semi-híbrido

Disponível, segundo as informações já divulgadas pelo fabricante de Hamamatsu, com uma única motorização, o já conhecido tricilíndrico de 1,0 litros com turbocompressor, apoiado por um sistema semi-híbrido (SHVS) — como já vimos no Swift —, assim como por uma caixa automática de seis velocidades, o Xbee pode, de resto e inclusivamente, trocar a tração dianteira proposta de fábrica, por uma opcional tração integral. Possibilidade que não deixa de contribuir para a afirmação do espírito aventureiro que as próprias linhas exteriores anunciam.

A par destes já de si importantes atributos, um sistema de modos de condução, com configuração específica para terrenos mais escorregadios, como é o caso da neve e da lama. Não faltando sequer a não raras vezes valiosa ajuda eletrónica para descidas íngremes (Hill Descent Control).

Carroçaria bi-tom para o estilo

Além das aptidões técnicas, o modelo japonês conta, igualmente, com um elevado número de soluções de personalização, a começar numa coloração exterior que também pode ser bi-tom — como é o caso da conjugação entre o Amarelo e o Preto, que é possível observar no carro das imagens. Sendo que disponíveis estão ainda equipamentos como a iluminação dianteira em LED.

Finalmente, no habitáculo, a Suzuki assegura existir espaço suficiente para cinco ocupantes. A par de uma versatilidade que permite, inclusivamente, rebater o banco do passageiro da frente, de forma a dispor de uma área maior, para transporte de carga. Isto, sem esquecer o facto de, na bagageira, existir um alçapão por baixo do piso falso, onde é possível esconder alguns pertences mais importantes.

Atraente… mas só para japonês comprar

Na verdade, a termos de eleger, com base na informação que já dispomos, um handicap neste pequeno e funcional crossover, será, talvez, o facto de não ter prevista comercialização na Europa. Até porque, com este aspeto e preços que, no Japão, começam pouco acima dos 13 mil euros (versão com apenas tração dianteira), parece muito provável que não deixaria de ter interessados também no Velho Continente…

Francisco Cruz

Jornalista

Suzuki

Suzuki, Suzuki XBee