O tempo em que os playboys dominavam o desporto motorizado

Um documentário sobre a época em que o combustível que alimentava o talento de alguns pilotos era a adrenalina, o álcool e as festas.

Hoje, em plena segunda década do séc. XXI, o desporto motorizado é dominado por pilotos treinados desde tenra idade para serem pilotos de alta competição. Mais velozes, mais rápidos e mais precisos, os carros da atualidade exigem cada vez mais do elemento humano. A formação é intensa, o treino é diário e as dietas são rigorosas. Um percurso onde os amigos são trocados por horas infindáveis de treino em ginásio e mais um sem fim de actividades com vista ao máximo rendimento em pista. Chamam-lhes pilotos de laboratório. Sebastian Vettel é um exemplo dessa «escola». Fabricado pela equipa «Red Bull» hoje é a máquina em pista que todos nos conhecemos.

Mas houve um tempo em que não era assim. Um tempo em que o desporto motorizado era dominado por marialvas, ou como se diz em inglês: playboy’s. Um tempo em que era «normal» um piloto fumar um cigarro antes de colocar o capacete, beber uma cerveja depois de uma corrida, ou comemorar uma vitória com champanhe e mulheres bonitas. Em suma, uma vida vivida no limite, dentro e fora de pista.

E se hoje a morte numa prova motorizada é uma fatalidade, na década de 70 era quase uma certeza somente indeterminada no espaço e no tempo. Por isso os pilotos nas décadas de 50, 60 e 70, mais do que em qualquer outra época, eram playboy’s ávidos por viver uma vida que se contabilizava em voltas e não em anos. O dia de amanhã era sempre incerto por isso levavam a vida no limite, dentro e fora das pistas.

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O documentário que agora publicamos é acima de tudo uma celebração desses tempos. Como dizia Jackie Stewart, tempos em que “o sexo era seguro e as corridas perigosas”. Tempos em que os pilotos, pelos seus vícios e fraquezas pareciam mais próximos de nós, comuns mortais – quiçá, muito mais do que os «quase perfeitos» e sempre politicamente corretos pilotos da atualidade. Talvez seja por isso que hoje continuamos a falar deles, mais de 40 anos depois.

Em destaque neste documentário surge James Hunt (piloto de F1) e Barry Sheene (piloto do Mundial de Motociclismo), as estrelas maiores desse tempo. Pilotos que ficaram conhecidos pelos feitos em pista e fora dela:

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Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.

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