Notícias Novo Toyota Aygo ganhou um “X”, cresceu em todas as direções e agora é um crossover urbano

Apresentação

Novo Toyota Aygo ganhou um “X”, cresceu em todas as direções e agora é um crossover urbano

A terceira geração chama-se agora Toyota Aygo X, uma mudança justificada pela sua evolução de simples citadino para um pequeno crossover. Chega na primavera de 2022.

Toyota Aygo X

O primeiro Toyota Aygo chegou em 2005 e, pouco a pouco, acabou por se estabelecer ao longo de duas gerações como um dos citadinos mais vendidos da Europa (entre 80 mil e 100 mil unidades por ano), ficando só atrás dos inalcançáveis Fiat Panda e 500.

A terceira geração, agora revelada, ganha uma nova designação, Aygo X, e ambiciona voos mais altos (120 mil unidades por ano), e, à primeira vista, parece ter os argumentos certos para os atingir.

O argumento mais forte talvez seja mesmo o Aygo ter-se reinventado como um crossover, uma tipologia que continua a conhecer um elevado sucesso comercial no mercado, argumento que é acompanhado de perto pelo crescimento expressivo em relação ao antecessor.

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Maxi-Aygo ou mini-Yaris?

O novo Aygo X atinge agora os 3,7 m de comprimento, 23,5 cm (!) mais comprido que o antecessor. O crescimento não se fica apenas pelo comprimento; tem agora 1,74 m de largura, mais 12,5 cm do que antes; 1,525 m de altura, 6,5 cm mais; e a distância entre eixos também cresceu 9,0 cm, até aos 2,43 m. No entanto, o raio de viragem é agora menor, de apenas 4,7 m.

Este crescimento expressivo coloca-o muito mais perto do segmento acima, o que não é assim tão estranho quando constatamos a plataforma do novo Aygo X é a mesma GA-B dos Yaris e Yaris Cross.

Toyota Aygo X

Mesmo assim o citadino e crossover mantém-se compacto e devidamente «afastado» do Yaris, que é 24 cm mais comprido e tem mais 13 cm entre eixos. No entanto, como curiosidade, a largura é idêntica nos dois, com o Yaris a ser 2,5 cm mais baixo.

A justificação para esta mudança de arquitetura prende-se com o fim da parceria entre a Toyota e a PSA (agora Stellantis), culminando com a compra da fábrica na República Checa que produziu duas gerações de Toyota Aygo e Citroën C1, mais os Peugeot 107 e 108 por parte da marca japonesa.

Este é, assim, o primeiro Aygo 100% Toyota, mas continua a ser um modelo desenvolvido e produzido na Europa para os europeus.

Naturalmente, este «insuflar» nas dimensões refletiu-se nas cotas internas, mais ao nível da largura (45 mm adicionais ao nível dos ombros) e da bagageira, que cresceu substancialmente, de mínimos 168 l para uns mais úteis 231 l (mais 63 l) que se podem expandir até aos 829 l com o rebatimento dos bancos.

Toyota Aygo X

O espaço para pernas atrás, no entanto, continua a parecer curto (mesmo no maior Yaris é apenas razoável), mas os responsáveis pelo Aygo X disseram ter dado propositadamente mais primazia à bagageira. Decisão, segundo eles. que é justificada pela forma como os donos do Aygo usam os seus veículos: raramente levam mais que um ocupante, usando frequentemente o espaço restante como «porta-bagagens».

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De notar ainda a posição de condução mais elevada, como é expectável num crossover e uma das características mais apreciadas neste tipo de «criaturas». Basta notar que a distância da anca ao solo, quando sentados ao volante, aumentou em 55 mm, facilitando o acto de entrar e sair do novo Aygo X — algo a confirmar «ao vivo» proximamente…

Toyota Aygo X

Robustez visual para «dar e vender»

A transformação de pequeno citadino para um maior crossover refletiu-se, e de que maneira, na sua aparência.

Ainda é possível encontrar traços do antecessor, sobretudo quando o vemos de traseira, onde o “X” que a estrutura visualmente segue praticamente, ipsis verbis, a mesma solução do Aygo ainda em comercialização. A frente está menos afilada e mais «musculada», em linha com a aparência crossover desejada, mas o “X” como elemento visual estrutural continua presente, ainda que mais subtil.

Mas são as rodas de grandes dimensões — 17″ de série, mas podem ser de 18″ — e os sobressaídos guarda-lamas que lhe garantem a postura robusta e mais confiante que costumamos associar aos crossover e SUV. Isto apesar de ser bem mais alto e ter ganho 11 mm na distância ao solo. O contraste é grande quando colocamos o Aygo X ao lado do seu muito mais estreito antecessor, equipado com rodas bem mais modestas (15″) e sem «ancas».

Ao nível do seu design exterior, falta ainda a referir a carroçaria bi-tom (opcional nos Aygo X mais acessíveis, de série nos de especificação mais elevada). Ao contrário de outros modelos, onde parece ser uma opção por vezes forçada e pensada a posteriori, vemos aqui a ser parte integrante e definidora do design, expandindo-se do teto até ao para-choques, atrás, e aos arcos das rodas, de lado.

Toyota Aygo X

Promessa de muito equipamento

Saltando para o interior, também não podia ser um contraste maior com o antecessor e até, em parte, com o exterior da nova geração.

Se por fora emana uma assertiva percepção de robustez, por dentro as formas são mais suaves, com o tabliê a ser dominado por uma forma ovóide central que integra o ecrã do Toyota Smart Connect (que começa nas 7″, mas pode ir até às 9″). A inserção de cor nessa forma e em outros elementos acabam por dar alguma alegria ao ambiente.

As vantagens do novo Toyota Aygo X herdar a base e tecnologia do maior Yaris refletem-se nos equipamentos à disposição, seja ao nível de segurança (vem de série com o pacote Toyota Safety Sense), como ao nível da tecnologia que incluem, entre outros, Apple CarPlay e Android Auto (sem fios nas especificações mais altas) ou carregamento por indução.

Pela primeira vez está também disponível um sistema áudio premium, da JBL, no mais pequeno modelo da Toyota. O sistema consiste em quatro altifalantes, associados a um amplificador de 300 W e a um subwoofer de 200 mm localizado na bagageira.

Não vai ser híbrido

A Toyota é conhecida pelos seus híbridos, mas o novo Aygo X vai ser puramente a combustão, não herdando a tecnologia que podemos encontrar no maior e relacionado Yaris, nem sequer contemplando a adição de um mais modesto sistema mild-hybrid. A principal razão? Custos.

A Toyota está determinada em manter um preço acessível no seu mais pequeno modelo, até porque o Aygo, ao longo das duas gerações, tem sido fundamental para captar novos clientes para a marca japonesa na Europa.

Uma «tradição» que é para manter, mesmo sabendo que o novo Aygo X não se vai livrar de um incremento de preço (ainda não sabemos de quanto) por culpa de todo o equipamento que vai passar a trazer.

Toyota Aygo X
Luzes diurnas em LED, com os faróis a também poderem ser Full LED.

Assim, a única motorização anunciada, por agora, é a 1KR-FE — 1,0 l de capacidade, três cilindros em linha, naturalmente aspirado, a gasolina — que já conhecíamos do antecessor, devidamente adaptado para estar em conformidade com todas as normas e atualizado para oferecer ainda mais economia no seu uso.

Anuncia 72 cv às 6000 rpm e 93 Nm às 4400 rpm, e pode ser acoplado a uma caixa manual de cinco velocidades ou uma caixa de variação contínua, mais conhecida como CVT. Aqui chama-se S-CVT por ser tão pequena (“S” é de “Small” ou pequeno em inglês).

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Os números modestos de potência e binário combinados com a massa entre 940 kg e 1015 kg — a muito poucas dezenas de quilos de distância do maior Yaris — traduzem-se em prestações… bastante modestas. São precisos entre 15,5s (CVT) e 15,6s (caixa manual) para atingir os 100 km/h e a velocidade máxima não chega aos 160 km/h.

Toyota Aygo X
Bancos dianteiros com acabamentos específicos para o Limited Edition.

Por outro lado, a Toyota promete consumos e emissões de CO2 muito baixos, competitivos até com potenciais rivais com motores auxiliados por sistemas mild-hybrid: entre 4,7 l/100 km (manual) e 4,9 l/100 km (CVT) e, respetivamente, 107 g/km e 110 g/km.

Quando chega?

O novo Toyota Aygo X deverá chegar durante a próxima primavera, em 2022. Mas antes disso, vamos poder encomendar a versão especial de lançamento Limited Edition, com decoração específica (o modelo nas imagens com o tom Cardamom, um verde com um efeito de baixa saturação) e com elevada dotação de equipamento. Edição que se manterá disponível durante os primeiros seis meses de comercialização do modelo.