Os desportivos dos anos 90 estão na moda

Porsche Boxster, Subaru Impreza WRX, Suzuki Swift GTI, Honda Civic VTI, Audi S3, Citroen Saxo Cup, Peugeot 106 Rallye, BMW M5 E39 sei lá… Volvo V40 T4!

Eu sei que falta nomear uns quantos, mas pretendia apenas lançar o seguinte tema: os desportivos dos anos 90 voltaram a estar na moda. Dizem quem as modas são passageiras mas na minha opinião esta moda veio para ficar. Há vários argumentos a suportar esta teoria.

Ao contrário da maioria dos desportivos da década de 70 e 80, os desportivos dos anos 90 já ofereciam padrões de performance e segurança relativamente elevados. Por outro lado, confrontando-os com os desportivos modernos, podem até nem ganhar em segurança e performance mas ganham na simplicidade mecânica e nos custos de manutenção reduzidos – se não fores preguiçoso e tiveres alguma habilidade para a mecânica, claro.

Dito isto, parece que no meio é que está a virtude… entre os anos 80 e o início do séc. XXI!

Falando do tempo, parece que a esmagadora maioria dos desportivos dos anos 90 resistem pacificamente à passagem do tempo. Oriundos de uma época em que os LED’s, os xénon’s, as jantes XXL e outros artifícios não estavam democratizados, é na simplicidade estilística que os desportivos dos anos 90 encontram a sua fonte de juventude. Menos é mais, lembram-se?

Em último lugar, há a questão do preço. Muito importante nos dias que correm e talvez ainda mais importante nos tempos vindouros (os impostos sobre os automóveis não param de aumentar).

Nem todos os modelos que mencionei no início do texto apresentam atualmente valores propriamente convidativos, mas ainda há algumas pechinchas por aí à espera de serem encontradas. Todas elas com um potencial de valorização interessante. Não fosse essa a nossa esperança e não perdíamos tantas horas a fio nos sites de classificados, não é verdade?

Sendo assim, seja pela potencial valorização futura ou pelo prazer de condução no presente, os desportivos dos anos 90 estão na moda. Eu também ando à procura do meu (até porque para desportivos modernos o dinheiro escasseia…).

Nesta era 100% digital em que os carros caminham a passos largos para a condução autónoma espero ainda ir a tempo de encontrar o meu porto seguro de emoções fortes, borracha queimada e cheiro a gasolina. Os meus netos e filhos certamente vão agradecer. Juro que é a pensar neles que vou comprar um. Boa desculpa não é? Arranjem a vossa…

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Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.

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