Na história das marcas há modelos que superam as convenções, que nos obrigam a olhar o futuro de frente. Quando a Ford lançou o Model T, não lançou apenas um automóvel, democratizou a mobilidade.
Hoje a Ford está novamente a trabalhar numa transformação sem precedentes, que vai moldar a mobilidade do futuro. Uma transformação que tem no novo Ford Explorer o primeiro testemunho.
Um modelo que neste artigo vamos mostrar como nunca viram.
Um compromisso centenário
Até 2030 todos os veículos de passageiros da Ford vão ser 100% elétricos. Está em curso um investimento de dois mil milhões de euros para converter a fábrica de Colónia, na Alemanha, num centro de eletrificação.
É nesta unidade totalmente reformulada que vai nascer o novo Ford Explorer 100% elétrico. É o primeiro modelo de uma gama completa de elétricos que a marca vai apresentar nos próximos anos.
Desde a introdução da linha de produção em série no início do século passado que não assistíamos a uma transformação desta magnitude na marca. Segundo a Ford, é uma reafirmação do seu compromisso com a transformação do automóvel, rumo a uma mobilidade mais sustentável.
Um Ford Explorer reinventado
A primeira geração do Ford Explorer surgiu em 1990. Pretendia oferecer uma alternativa a todas a famílias que pretendiam um SUV familiar e prático. Hoje, volvidos mais de 30 anos, esse compromisso é reafirmado num formato 100% eletrificado.
Não foi só a energia utilizada que mudou. A abordagem também mudou.
Pela primeira vez o Ford Explorer é um crossover elétrico de tamanho médio, pensado e desenvolvido com o público europeu em mente. Isso está refletido não só nas formas, mas também na experiência de condução.
Ainda não foram revelados valores, mas a Ford reafirma o desafio: oferecer a melhor experiência elétrica do segmento.
Abrir caminho para o futuro
O design do novo Ford Explorer é um manifesto. Olhamos para as suas formas e temos resposta para o caminho que a Ford quer trilhar. Combinar linhas fortes com superfícies suaves para alcançar um design orgânico, foi o objetivo da Ford.
O Explorer é um crossover com uma assinatura tipicamente Ford, mas que foi reimaginado para a era da eletrificação e pensado para as necessidades do público europeu.
A dianteira é marcada por um enorme escudo dianteiro que assume as vezes da tradicional grelha dos modelos com motor de combustão. Ao centro, quase de forma orgulhosa, surge o logótipo oval azul da Ford, que também foi retocado para identificar a nova geração de veículos 100% elétricos da marca norte-americana.
Os grupos óticos dianteiros, muito rasgados e de aspeto futurista, também são uma estreia, tal como a barra escurecida que os une e exibe o nome “Explorer”.
No total, o novo Explorer mede 4,46 metros de comprimento — menos cerca de 25 cm do que mede, por exemplo, o Ford Mustang Mach-E. Dimensões que são disfarçadas pelas dimensões generosas das jantes.
Um novo conceito de interior
Refinado, intuitivo, personalizável e esculpido em torno dos passageiros. É assim que a Ford define o interior do novo Explorer, que muda de conceito para responder às sugestões que recebeu dos clientes.
Desde logo a começar pelo Ford SYNC Move, que agora recorre a um ecrã central multimédia com 15’’ que pode ser ajustado num raio superior a 30º. É o centro de todas as atenções no interior do Explorer, mas não é o único motivo de interesse.
Este ecrã, que surge em posição vertical, como um tablet, pode assumir várias posições distintas, de acordo com aquilo que seja mais conveniente para a ocasião, ao mesmo tempo que oferece um modo brilhante e um Dark Mode.
O ecrã ajustável permite ainda revelar ou esconder um espaço de arrumação — apelidado de My Private Locker — que pode ser usado para guardar objetos pessoais.
Se o ecrã reune todas as atenções, há outros espaços que apenas pretende reunir tudo aquilo que transportamos no dia a dia. É o caso da MegaConsole, um espaço escondido no apoio de braços central com 17 litros de capacidade. É o suficiente para arrumar (e esconder) um computador portátil com 15’’ ou três garrafas de água com 1,5 litros.
Todo o tabliê parece estar construído em torno do condutor, ligando-se os painéis laterais das portas para criar uma sensação de continuidade.
Uma condução menos stressante
O novo Explorer estreia um novo conjunto de ajudas à condução que promete tornar a experiência ao volante mais calma e menos exigente. Conta com 12 sensores ultrassónicos, cinco câmeras e três radares, capazes de monitorizar tudo o que acontece em redor deste veículo.
Graças a estes sensores o Explorer pode efetuar mudanças de faixas de forma automática.
O sistema de assistência à saída do veículo também foi aprimorado. Foi desenvolvido para evitar acidentes quando um ocupante abre a porta sem perceber que está a passar um ciclista ou outro veículo. Este sistema emite um sinal sonoro para desencorajar o ocupante do carro a não abrir a porta.
Chega a Portugal até ao final do ano
O Ford Explorer é o primeiro de nove modelos totalmente elétricos, de passageiros e comerciais, que a Ford planeia lançar na Europa até 2024.
A produção arranca já no próximo mês de outubro, em Colónia, com a chegada ao mercado a acontecer até ao final deste ano.
Em 2024, a ofensiva elétrica da Ford na Europa vai conhecer um novo elemento, que vai assentar precisamente na mesma base do Explorer. As bases para a revolução elétrica estão lançadas e promete dar corpo a um investimento global que ronda os 50 mil milhões de euros.
O objetivo na Europa é atingir os 600 000 veículos elétricos vendidos por ano na Europa já em 2026. O Ford Explorer é o primeiro capítulo e já pode ser encomendado.
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