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Até onde conseguimos ir com 10 euros num carro elétrico?

Apenas com uma nota de 10 euros, quantos quilómetros conseguimos fazer? A questão é simples, mas a resposta é complexa.

Até onde conseguimos ir com 10 euros num carro elétrico?

Apenas com uma nota de 10 euros, quantos quilómetros conseguimos fazer? A questão é simples, mas a resposta é complexa.

O Ford Mustang Mach-E foi o modelo escolhido para um desafio… diferente.

Quão longe podemos ir com com apenas 10 euros num carro elétrico? Para acabar com as dúvidas, fomos para a estrada.

Utilizámos o carregamento doméstico e público. Um teste com mais de 1000 quilómetros:

O Ford Mustang Mach-E escolhido para este desafio nem sequer é a versão com maior autonomia. É a versão AWD, equipada com dois motores, uma das mais potentes. É aquela que se posiciona imediatamente abaixo da versão Mach-E GT.

Conta com dois motores elétricos (um por eixo), totalizando 258 kW (351 cv), que são alimentados por uma bateria de 98,8 kWh. O que lhe garante até 550 km de autonomia (ciclo combinado WLTP).

Autonomia cresce… na cidade

Porém, é possível aumentar esse valor caso os percursos habituais sejam maioritariamente urbanos. O que significa que poderão obter médias de consumo inferiores aos 18,8 kWh/100 km anunciados (ciclo combinado WLTP).

Todos os veículos elétricos são mais eficientes em cidade, e o Ford Mustang Mach-E não é excepção. Dito isto, valores compreendidos entre os 16 kWh/100 e os 17 kWh/100 km estão perfeitamente ao alcance deste modelo.

Ford Mustang Mach-E GT na estrada, perfil
© Ford Se procura um Ford Mustang Mach-E com maior autonomia, existe a versão de tração traseira (RWD) que anuncia 600 km. Se procura mais performance o Mustang Mach-E GT é a resposta certa: oferece 487 cv de potência.

A razão por detrás dessa eficiência acrescida em cidade é porque o Ford Mustang Mach-E, sendo elétrico, consegue recuperar energia quando desacelera e trava — ações frequentes em condução urbana — redirecionando-a para a bateria.

Quando conduzimos o Mustang Mach-E, podemos até prescindir de usar o pedal de travão, caso tenhamos selecionado o modo mais intenso de travagem regenerativa, conduzindo apenas usando o pedal do acelerador (One pedal driving).

Vamos a contas

Neste vídeo quisemos saber quantos quilómetros conseguimos fazer com apenas 10 euros aos comandos de um carro elétrico como o Mach-E.

Há diversas variáveis a considerar. E por isso mesmo, as respostas obtidas neste exercício poderão variar. Mas tentámos encontrar os cenários mais comuns a todos os utilizadores.

No nosso caso, o Ford Mustang Mach-E AWD registou uma média de 19,0 kWh/100 km ao fim de quase 1300 km. Um registo marginalmente acima dos 18,8 kWh/100 km oficiais.

Ford Mustang Mach-E a carregar vista dianteira 3/4
© Ford

Para este exercício considerámos, igualmente, que o Mustang Mach-E seria carregado em casa — o cenário mais comum —, com o custo da eletricidade a ser de 0,15 €/kWh. O resultado são 2,85 €/100 km, logo, com 10 euros, podemos fazer, confortavelmente, mais de 300 km.

O mesmo exercício com um veículo a combustão equivalente, considerando uma média de 7,5 l/100 km, daria cerca de 12 €/100 km. Ou seja, os 10 euros não dariam para fazer sequer 100 km!

Custo de carregamento pode ser ainda mais baixo, mas também mais alto

Claro que estes valores podem variar para melhor ou pior. No caso do carregamento doméstico, se tivermos tarifa bi-horária e carregarmos o Ford Mustang Mach-E nas horas de vazio — e podemos agendar os carregamentos apenas para essa hora através do sistema SYNC 4 ou da aplicação móvel —, podemos reduzir o custo por kWh.

Fica desde logo evidente que os veículos elétricos têm uma enorme vantagem de custo com recurso ao carregamento doméstico. O mesmo não podemos afirmar categoricamente em relação aos postos de carregamento públicos.

E se usarem os postos de carregamento ultrarrápido, que são os mais caros — o Mustang Mach-E tem uma potência de carregamento máxima de 150 kW —, pode mesmo vir a representar um custo por 100 km superior ao de um veículo a combustão equivalente.

Ford Mustang Mach-E
© Ford

No nosso caso, a ida a um posto de carregamento público traduziu-se num custo de 0,63 €/kWh, quatro vezes superior ao custo do carregamento doméstico. Num posto de carregamento ultrarrápido, em autoestrada, este valor quase duplicou, tendo custado 1,20 €/kWh.

Por isso, é impossível não recomendar o carregamento doméstico sempre que possível, seja com recurso a uma wallbox ou uma tomada reforçada.

Recomendamos que recorra aos postos de carregamento público caso não haja outra possibilidade. Nesse caso recomendamos igualmente que carregue a bateria apenas até aos 80% do total da sua capacidade. Acima disso, a velocidade de carregamento desce e acabam por não usufruir da potência de carregamento que contratou.

Dito isto, as nossas contas não enganam. Para quem tem onde carregar, os elétricos são uma enorme vantagem. Nos postos públicos, dependendo do operador e da potência do posto de carregamento, apesar de menor, continua a haver uma vantagem no custo por cada 100 km.

Tal como afirmamos no vídeo, podíamos tornar as contas mais complexas referindo os custos de manutenção — mais favoráveis aos elétricos. Mas nestas «contas» nem tudo são números. A transição para a mobilidade elétrica poderá fazer-se não só por questões económicas mas também ambientais.

O próximo capítulo

A transformação para a mobilidade elétrica está a acontecer e é verdade que há algumas barreiras a ultrapassar, mas o futuro tenderá para uma convivência mais fácil com os veículos elétricos. A Ford já prepara hoje esse amanhã.

ford explorer elétrico
© Ford

A marca da oval azul, naturalmente, não se vai ficar pelo Mustang Mach-E. O próximo 100% elétrico já está a caminho e já foi revelado: o novo Ford Explorerfiquem a conhecê-lo em mais detalhe.

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