Fundada em 2015, foi à Ford Performance que a marca da «oval azul» entregou a missão de desenvolver as versões mais radicais dos seus modelos.
Uma missão que, ao contrário do que possamos pensar, não começa (nem acaba…) no aumento de potência dos motores.
Desenvolver um modelo desportivo é muito mais complexo.
Plataforma. A importância de uma base perfeita
A plataforma é dos elementos mais importantes num automóvel. É a partir daqui que se inicia todo o processo de desenvolvimento.
Para uma plataforma ser «bem nascida» há critérios que têm de ser obrigatoriamente preenchidos: peso, rigidez e geometria.
É o peso do chassis que determina, em grande medida, a inércia do automóvel. Por isso, quanto menor for o peso do chassis, melhor será o comportamento do automóvel e melhor será o rendimento do motor.
A mecânica não tem de se esforçar tanto, os travões não sofrem tanto, e o chassis torna-se mais ágil onde verdadeiramente importa: em curva.
Porém, a «dieta» de peso do chassis — e dos restantes componentes — não pode influenciar negativamente a rigidez da plataforma. Para manter a rigidez sem comprometer o peso final, a por a Ford Performance recorre a materiais compósitos, ligas especiais, metais leves (como o alumínio) e aço de elevada resistência no desenvolvimento dos seus modelos.
A rigidez é fundamental para manter a geometria do chassis, mesmo nas solicitações mais severas, em que os automóveis são sujeitos a forças de torção: aceleração, travagem e curva. É por isso, que encontramos nos modelos desportivos reforços estruturais no chassis e também nos elementos que compõem as suspensões.
Este incremento na rigidez garante um melhor controlo das reações e uma maior sensibilidade em condução desportiva — comprometendo por outro lado o conforto, que não é tão apurado como em modelos de cariz familiar.
Não menos importante é a geometria da suspensão e a distribuição de pesos. São estes fatores que em conjunto ditam a nobreza da plataforma de um desportivo.
No caso da Ford Performance, o trabalho está facilitado. Os engenheiros da Ford têm uma preocupação adicional com a componente dinâmica, mesmo nos modelos de cariz familiar — a história do desenvolvimento do Ford Focus é um capítulo importante desta história.
Motor. O coração dos modelos Ford Perfomance
Mais uma vez a Ford Perfomance tem o trabalho facilitado. A tecnologia dos motores Ecoboost — que está na base dos modelos da gama Ford — é conhecida pela sua performance e eficiência.
Graças ao recurso a ligas especiais, de elevada resistência e de baixo atrito, os motores Ecoboost conseguem desenvolver potências equiparáveis a motores de maior dimensão.
Isto aplica-se tanto ao Ford Fiesta ST como ao todo-poderoso Ford GT. Modelos muito diferentes, mas que têm na sua base a assinatura da tecnologia Ecoboost.
Uma tecnologia que se traduz no recurso a modernos sistemas de injeção direta de alta pressão, que em conjunto com a sobrealimentação, permitem níveis de potência elevados sem comprometer a performance ambiental.
A importância dos detalhes
Com excepção do Ford GT, todos os modelos da Ford Performance derivam diretamente de modelos de produção. Por isso é necessário um programa de desenvolvimento específico para transformar um utilitário como o Ford Fiesta num verdadeiro desportivo.
O Fiesta ST tem ainda no seu arsenal dinâmico outros componentes que são exclusivos. Nomeadamente as inéditas molas de suspensão com vectorização de força patenteadas pela Ford.
Estas molas, têm uma espiral direcional que permite vectorizar e concentrar as forças geradas num ponto específico da estrutura.
Lições valiosas, aplicadas também no Ford Puma ST — que está a competir no Campeonato Mundial de Ralis (WRC) como Puma Hybrid Rally1 — transportando para os SUV, o espírito dos pequenos desportivos.
Para compensar o centro de gravidade superior e manter a agilidade tão apreciada nos ST, o eixo de torção traseiro viu a sua rigidez torcional subir 40% em relação ao Fiesta ST, passando a integrar uma barra estabilizadora de 28 mm de espessura.
A direção é também é 25% mais rápida que a dos restantes Ford Puma, uma característica fundamental num modelo desportivo.
Ford Perfomance. No asfalto e não só…
Apesar do foco nos modelos de estrada, o departamento Ford Performance também tem um representante no segmento das pick-up: a Ford Ranger Raptor.
Face às versões convencionais, a Ranger Raptor apresenta vias 150 mm mais largas e mais 51 mm de distância ao solo. Nesta versão a Ranger ganha ainda um esquema de suspensões multilink atrás e braços duplos em alumínio à frente.
A potência, fornecida por um motor 2.0 litros Diesel bi-turbo de 210 cv, é enviada às quatro rodas através de uma caixa automática de 10 velocidades.
Modelos muito diferentes entre si, mas com o mesmo foco: a performance.
Conheça aqui a gama completa de modelos Ford Performance.
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