Auto Rádio Não desistem. Japoneses unidos para salvar o motor de combustão

Auto Rádio #60

Não desistem. Japoneses unidos para salvar o motor de combustão

A Toyota, a Subaru e a Mazda uniram forças para enfrentar um inimigo comum, o carbono. E querem combatê-lo com o "velho" motor de combustão.

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Apesar das vendas dos elétricos estarem a «arrefecer», são muitas as marcas que continuam empenhadas em transformar toda a sua gama em propostas movidas exclusivamente a eletrões. Contudo, ainda há quem acredite que a eletrificação total do automóvel não é o caminho. Ou pelo menos, o único caminho. Para a Toyota, a Subaru e a Mazda, a solução tem obrigatoriamente que passar pelo «velho» motor de combustão.

Mas será que estes construtores japoneses estão certos em não colocar as fichas todas nos automóveis elétricos? Será que o motor de combustão pode mesmo ser a solução para reduzir as emissões de carbono?

Estes foram os tópicos que estiveram em debate na mais recente edição do Auto Rádio, um podcast da Razão Automóvel com o apoio do Piscapisca.pt, que contou com o Diogo Teixeira e o Fernando Gomes na mesa. Deixem o vosso comentário:

Um inimigo comum: o carbono

Com o carbono como “inimigo”, os três construtores japoneses vêem no motor de combustão interna a tecnologia que melhor pode responder à tão necessária redução das emissões de carbono.

Para isso comprometem-se a desenvolver uma nova geração de blocos, mais compactos e eficientes do que os atuais, capazes de serem associados a sistemas híbridos com baterias e compatíveis com vários combustíveis alternativos, nomeadamente com combustíveis sintéticos (ou e-fuels), biocombustíveis e hidrogénio líquido.

Mais «atores» em jogo

Além deste trio japonês, existem mais «atores» na indústria empenhados em «salvar» o motor de combustão: o Grupo Renault e a Geely, através da joint venture HORSE Powertrain Limited, também vêem um futuro promissor para esta tecnologia.

Motor Diesel Horse
© Horse Motor HORSE

Esta nova empresa (criada no passado mês de maio) anunciou que espera produzir cinco milhões de grupos motrizes por ano e estima que em 2040 mais de metade dos veículos produzidos ainda recorram a motores de combustão interna.

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No meio de tanta incerteza, uma coisa parece cada vez mais certa: o motor de combustão ainda tem uma palavra a dizer. Até porque a indústria automóvel não se esgota na Europa e na sua legislação. E noutras latitudes, a eletrificação em massa ainda parece uma realidade muito distante.

Encontro marcado no Auto Rádio na próxima semana

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