Primeiro Contacto Conduzimos o renovado Volkswagen Polo. Uma espécie de “mini-Golf”?

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Conduzimos o renovado Volkswagen Polo. Uma espécie de “mini-Golf”?

O renovado Volkswagen Polo já chegou ao mercado português e nós já o conduzimos. Continua a ser uma referência no segmento?

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© Miguel Dias / Razão Automóvel

Apresentado há cerca de cinco meses, o Volkswagen Polo renovou-se com tecnologia pouco comum neste segmento e adotou uma imagem mais próxima da do Golf, ao mesmo tempo que promete a mesma competência de sempre.

Com uma história que começou em 1975 e que conta já com mais de 18 milhões de unidades vendidas, o Polo é um dos “players” mais importantes do segmento. Mas agora, na sexta geração, renovou-se para dar resposta à concorrência, que se “refrescou” antes do modelo germânico.

Já tive oportunidade de o conduzir durante breves quilómetros em solo nacional e senti de perto as alterações que este modelo recebeu. E curiosamente, este primeiro contacto aconteceu pouco tempo depois de ter testado a nova geração do Skoda Fabia, modelo que partilha a plataforma (e mais coisas…) com o Polo, pelo que podem esperar algumas comparações entre os dois.

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© Miguel Dias / Razão Automóvel

Para não “perder o comboio”, o Polo passou por uma “lavagem de cara” que o deixou com uma imagem em tudo semelhante ao seu “irmão” mais velho, o Golf. As alterações ao nível dos para-choques e dos grupos óticos foram muito significativas, ao ponto de nos fazerem acreditar que este é um modelo totalmente novo.

Destaca-se a tecnologia LED de série, na dianteira e na traseira, marcada por uma faixa horizontal dianteira a toda a largura da frente que ajuda a que este Polo tenha uma presença mais marcante.

Quem quiser ir “mais longe”, pode optar pelas luzes LED Matrix inteligentes (opcionais), uma solução muito pouco comum neste segmento.

A somar a isto, destaca-se o novo logótipo da Volkswagen na frente e na traseira, bem como a nova assinatura (por extenso) do modelo, que surge logo abaixo do emblema da marca germânica, no portão traseiro.

Também no interior o Polo passou por uma importante evolução, sobretudo ao nível tecnológico. O cockpit digital (de 8”) está disponível de série, em todas as versões, ainda que opcionalmente haja um painel de instrumentos digital de 10,25”. Também o volante multifunções é totalmente novo.

Ao centro, um ecrã de infoentretenimento que pode vir em quatro opções distintas: 6,5” (Composition Media), de 8” (Ready2Discover ou Discover Media) ou de 9,2” (Discover Pro).

As propostas de maior dimensão contam com a plataforma elétrica modular MIB3, que “oferece” maior conectividade, serviços online e ligações à Cloud, ao mesmo tempo que permite uma integração sem fios com o smartphone, a partir dos sistemas Android Auto e Apple CarPlay.

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Chassis não sofreu alterações

Passando para o chassis, não há novidades a registar, uma vez que o renovado Polo continua a assentar na plataforma MQB A0, com suspensão independente do tipo MacPherson à frente e do tipo eixo de torção atrás.

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© Miguel Dias / Razão Automóvel

Por isso mesmo, continua a ser um dos modelos mais espaçosos do seu segmento. E já que falamos em espaço, importa dizer que a bagageira disponibiliza um volume de carga de 351 litros.

Aqui, pede-se uma comparação com o “primo” checo, o Skoda Fabia, que além de oferecer mais espaço na bagageira — 380 litros — também se mostra ligeiramente mais amplo ao nível dos bancos traseiros. Mas não me interpretem mal, o Polo é um dos modelos mais espaçosos do segmento.

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© Miguel Dias / Razão Automóvel

E os motores?

A gama de motores também não sofreu alterações, com exceção das propostas Diesel, que desapareceram do “cardápio”. Na fase de lançamento o Polo está disponível apenas com versões a gasolina de 1.0 litro de três cilindros:

  • MPI, sem turbo e 80 cv, com caixa manual de cinco velocidades;
  • TSI, com turbo e 95 cv, com caixa manual de cinco velocidades ou, opcionalmente, automática DSG (dupla embraiagem) de sete velocidades;
  • TSI com 110 cv e 200 Nm, só com transmissão DSG;
  • TGI, a gás natural com 90 cv (caixa manual de seis velocidades).

No final do ano chega o Polo GTI, animado por um bloco a gasolina de 2.0 litros com quatro cilindros que produz 207 cv.

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E ao volante?

Durante este primeiro contacto, onde tive oportunidade de conduzir o Polo na versão 1.0 TSI com 95 cv e caixa manual de cinco velocidades, as sensações foram positivas.

O Polo está mais maduro do que nunca e mostra-se sempre muito refinado e, acima de tudo, muito confortável. “Sr. Competência” é um título que, a meu ver, lhe cai muito bem.

Em termos de imagem está longe de ser tão apelativo quanto o Peugeot 208, o Renault Clio ou até mesmo o novo Skoda Fabia, mas continua a destacar-se por uma “atitude” mais clássica (apesar da evolução e da digitalização por que passou) e por ser um verdadeiro “estradista”.

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© Miguel Dias / Razão Automóvel

Mas mesmo fazendo tudo bem, continua a estar longe de ser divertido. Aqui, propostas como o Ford Fiesta ou o SEAT Ibiza continuam a ter uma vantagem considerável. A somar a isso, senti algumas vezes alguma falta de “poder de fogo” por parte deste motor, sobretudo nos regimes mais baixos, onde acabamos sempre por ter que recorrer bastante à caixa.

Neste capítulo, o Skoda Fabia equipado com o mesmo 1.0 TSI mas com 110 cv e com caixa manual de seis velocidades mostra-se mais disponível.

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E os consumos?

Mas se por vezes senti falta de “genica” por parte deste bloco, nada posso apontar aos consumos: a ritmos normais, sem qualquer preocupação a este nível, terminei este breve ensaio com um consumo médio de 6,2 l/100 km. Com alguma paciência é relativamente fácil entrar na “casa” dos 5 l/100 km.

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© Miguel Dias / Razão Automóvel

E os preços?

O renovado Volkswagen Polo já está disponível no mercado português e as entregas aos primeiros clientes até já arrancaram.

A gama começa nos 18 640 euros da versão com o motor 1.0 MPI com 80 cv e vai até aos 34 264 euros do Polo GTI, com um 2.0 TSI com 207 cv, que chega lá mais para o final do ano.

Já a variante que testámos durante este primeiro, a 1.0 TSI 95 cv, arranca nos 19 385 euros.

Conduzimos o renovado Volkswagen Polo. Uma espécie de “mini-Golf”?

Primeiras impressões

7/10
O Volkswagen Polo renovou-se e ganhou ainda mais atributos que lhe permitem continuar a ser um dos "valores seguros" do segmento. Adotou uma imagem mais madura e parecida com a do Golf, recebeu mais tecnologia e passou a oferecer equipamento que nem é comum encontrar nesta categoria. Mas se tudo isto nos convenceu, também não é menos verdade que este utilitário alemão continua a não ter uma condução muito entusiasmante ou divertida. Mas "marca pontos" noutras categorias, como por exemplo o espaço, que continua em muito bom nível.

Data de comercialização: Setembro 2021

Prós

  • Espaço
  • Imagem exterior
  • Equipamento

Contras

  • Sem versões eletrificadas
  • Dinâmica continua a não entusiasmar
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