Ensaio Testámos a Hyundai i30 SW 1.6 CRDi. Lição estudada

Desde 22 444 euros

Testámos a Hyundai i30 SW 1.6 CRDi. Lição estudada

Deveríamos conhecer esta semana em Genebra ao vivo um Hyundai i30 renovado. Se tivéssemos ido, levávamos a lição bem estudada, já que testámos a versão ainda à venda.

Hyundai i30 SW 1.6 CRDi DCT
© Guilherme Costa / Razão Automóvel

Como o renovado Hyundai i30 está quase aí, decidimos testar a versão i30 SW 1.6 CRDi ainda em comercialização.

Perguntas que vamos tentar responder neste teste: o modelo em comercialização ainda tem argumentos? Onde é que já se nota o peso da idade? Quais são as qualidades que a Hyundai deve preservar? Ainda será um bom negócio?

Esta geração ainda tem argumentos?

Sim. Independentemente da chegada de um (bastante) renovado i30, a versão ainda em comercialização ainda tem os seus trunfos. Lançado em 2016, o Hyundai i30 ainda tem um dos melhores chassis do segmento.

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Hyundai i30 SW 1.6 CRDi DCT
© Guilherme Costa / Razão Automóvel

O acerto da suspensão, o conforto em mau piso, o comportamento dinâmico previsível e, sobretudo, uma das melhores direções do mercado, são os melhores elogios que posso tecer ao Hyundai i30.

Quanto às motorizações, a unidade que aqui em teste vem com o motor 1.6 CRDi de 116 cv associado a uma competente caixa de dupla embraiagem com sete velocidades. Apesar dos modestos 116 cv de potência, temos sempre disponibilidade suficiente seja em cidade ou autoestrada, fruto do bom escalonamento da caixa. Mas o melhor deste motor são mesmo os consumos: alcançar médias abaixo dos 5,5 l/100 km é uma constante.

Hyundai i30 SW 1.6 CRDi DCT
© Guilherme Costa / Razão Automóvel

Falando dos sistemas de apoio à condução, destaco o sistema ativo de apoio à manutenção na faixa de rodagem. A sua atuação é discreta e a força que faz no volante não frustra os movimentos do condutor. Não é o mais avançado do segmento, mas é, para mim, dos melhores do segmento.

Onde é que já se nota o peso da idade?

A estética do Hyundai i30 ainda em comercialização envelheceu bem. Em parte, porque nunca teve um estilo muito marcado. Mas este é, sem dúvida, um dos pontos mais críticos do atual Hyundai i30.

Numa altura em que toda a sua concorrência aposta forte no design, a Hyundai não poder vir mais a jogo com um modelo tão conservador. Não admira que nas imagens que já tivemos acesso do renovado i30, o destaque vá para a frente 100% nova, bem mais distinta.

Hyundai i30 SW 1.6 CRDi DCT
© Guilherme Costa / Razão Automóvel

No interior as questões são as mesmas. Temos um habitáculo bem construído, porém demasiado sóbrio. A ergonomia é à prova de críticas, mas o desenho do painel de instrumentos e do tablier acusa o peso da idade. Ainda assim, nas versões mais equipadas não falta sequer uma plataforma para carregamento por indução.

Que qualidades o novo Hyundai i30 deve preservar?

Nós estamos habituados a testar as últimas novidades do mercado. Mas confesso que teve a sua piada testar um modelo que está quase como que a dar… as últimas.

Fiquei agradavelmente surpreendido pelo Hyundai i30 SW 1.6 CRDi manter-se atual em termos de plataforma face a uma concorrência cada vez mais forte — veja-se o caso do novo Ford Focus e do novo Volkswagen Golf que foram renovados há pouco tempo.

Dito isto, espero que na atualização do Hyundai i30 a marca coreana consiga manter o excelente tato da direção e a equilibrada relação conforto/dinâmica da geração atual. Nem é preciso fazer melhor.

Hyundai i30 SW 1.6 CRDi DCT
© Guilherme Costa / Razão Automóvel

Ainda será um bom negócio?

Se não valorizas a componente estética, nem as tecnologias de última geração, o Hyundai i30 SW 1.6 CRDi é tão bom negócio hoje como há quatro anos. Talvez até melhor agora. Com a vantagem de, eventualmente, agora poderes usufruir de um preço mais competitivo, fruto de alguma campanha de final de stock — algo que tradicionalmente as marcas fazem sempre.

Pode não ser o carro mais apelativo — não é… —, mas cumpre perfeitamente tudo aquilo que se espera de um familiar de segmento C: espaço, conforto, economia de utilização. Se a estes argumentos juntarmos o maior apelo estético que o renovado Hyundai i30 consegue, então vamos ter (ainda) mais carro!

Hyundai i30 SW 1.6 CRDi DCT
© Guilherme Costa / Razão Automóvel
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Testámos a Hyundai i30 SW 1.6 CRDi. Lição estudada

Hyundai i30 SW 1.6 CRDi 110cv DCT Style Plus

6/10

[NOTA: 6.5] Esteticamente pouco emocionante, mas com melhorias para breve. De resto, o Hyundai i30 SW poderá ser uma boa aposta para quem procura um carro racional e com um bom índice de conforto. Os anos não pesam nos argumentos que realmente importam na escolha de um familiar. Certamente que as melhorias que a Hyundai tem preconizadas para esta modelo farão dele uma aposta ainda mais competitiva.

Prós

Contras

Versão base:€29.351

IUC: €147

Classificação Euro NCAP: 5/5

€30.480

Preço unidade ensaiada

  • Arquitectura:4 cil. em linha
  • Capacidade: 1598 cm3 cm³
  • Posição:Dianteira transversal
  • Carregamento: Injeção direta por common rail, turbo de geometria variável, intercooler
  • Distribuição: 2 a.c.c., 4 válv./cil.
  • Potência: 116 cv às 4000 rpm
  • Binário: 280 Nm entre as 1500 rpm e 2000 rpm

  • Tracção: Dianteira
  • Caixa de velocidades:  Automática (dupla embraiagem) de 7 vel.

  • Comprimento: 4585 mm
  • Largura: 1795 mm
  • Altura: 1465 mm
  • Distância entre os eixos: 2650 mm
  • Bagageira: 602 l - 1650 l
  • Jantes / Pneus: 225/45 R17
  • Peso: 1415 kg (CE)

  • Média de consumo: 4,7 l/100 km
  • Emissões CO2: 123 g/km
  • Velocidade máxima: 188 km/h
  • Aceleração máxima: >11,5s

    Tem:

    • Sistema de navegação com ecrã tátil de 8”
    • Sensor de luz
    • Sistema de Manutenção à faixa de rodagem (LKAS)
    • Sistema de alerta de fadiga do condutor (DAA)
    • Travagem autónoma de emergência (AEB) e sistema de alerta de colisão dianteira (FCWS)
    • Sistema de controlo automático dos máximos (HBA)
    • Sensores de estacionamento traseiros
    • Câmara auxiliar ao estacionamento traseiro
    • Volante e alavanca da caixa de velocidades em pele
    • Sinalizador de perda de pressão dos pneus
    • Barras de tejadilho longitudinais
    • Luzes de circulação diurna em LED
    • Vidros traseiros privativos
    • Jantes em liga leve 17”

Pintura metalizada, 430 €.