O Nissan Qashqai soma e segue. Em 2018 foi o modelo do segmento C mais vendido em Portugal e para manter a performance comercial em alta, este ano o SUV da marca japonesa conta com uma importante novidade.
Essa novidade esconde-se debaixo do capot. Trata-se do novo motor a gasolina 1.3 Turbo — desenvolvido em parceria com a Renault e Daimler — e que está disponível com dois níveis de potência: 140 cv e 160 cv.
Nós testámos ambas as versões deste motor e vamos contar-te como foi nas próximas linhas.
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Há alguns meses, gravámos um vídeo no canal de YouTube da Razão Automóvel, onde apresentávamos como melhor opção na gama Nissan Qashqai a motorização 1.5 dCi de 110 cv. Um vídeo que podes recordar aqui:
Pois bem, se este vídeo tivesse sido gravado hoje a escolha não teria sido tão óbvia. O Nissan Qashqai viu a sua gama de motorizações reformulada — Euro6D-Temp e WLTP assim o obrigaram — e nem o 1.5 dCi escapou, com a mais recente atualização do motor Diesel a ganhar 5 cv.
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O novo motor 1.3 DIG-T com 140 cv e 240 Nm do Nissan Qashqai representa uma evolução abissal face ao velho bloco 1.2 DIG-T. Uma evolução que se traduz em suavidade, agradabilidade e economia de utilização. Também os intervalos de manutenção foram revistos com a chegada do novo motor, passando dos 20 000 km para os 30 000 km.
Os consumos continuam a ser mais elevados do que no motor 1.5 dCi, mas a diferença já não é tão significativa. Conseguir uma média de 7,1 l/100 km com cidade e autoestrada à mistura é uma excelente cifra.
Quanto às performances, o motor 1.3 DIG-T não dá hipótese alguma ao antecessor. Seja qual for a relação engrenada, este responde sempre de forma solicita tornando a condução muito agradável.
Trato que é extensível também à versão mais potente de 160 cv (tomou o lugar do anterior 1.6 DIG-T). São 20 cv a mais, assim como mais 20 Nm, diferenças que permitem ganhos em performance no papel — -1,6s dos 0 aos 100 km/h, por exemplo —, ainda que no mundo real, as diferenças não sejam assim tão perceptíveis.
Apesar de mais potente, não verificámos diferenças nos consumos. Estes até chegaram a ficar abaixo dos 7,0 l em estrada aberta (percurso efetuado com velocidades entre 80 e 120 km/h), e a subirem para algo a rondar os 8,0 l em cidade — mesmo tendo em conta que a versão testada, Tekna, vinha equipada com as rodas de 19″, as maiores que o Qashqai tem.
Ambos são acompanhados por uma precisa e rápida (q.b.) caixa de seis velocidades manual, apesar do tato não ser o melhor — ao engrenar uma relação, mais parece plástico do que metal.
O resto mantém-se
Já dissemos que o Nissan Qashqai não é o melhor do segmento em praticamente nenhum campo, mas cumpre com brio em quase todos eles. Espaçoso q.b., confortável, bem equipado e com um preço competitivo — como podes ver retratado no vídeo.
Só assim se explica a liderança deste modelo em termos de vendas: conta, peso e medida. Uma conta, um peso e uma medida que só teve a ganhar com a adição deste novo motor 1.3 Turbo a gasolina.
O sucesso comercial do Nissan Qashqai continua dentro de momentos.
É o carro certo para mim?
O 1.3 DIG-T, independentemente da versão, torna-se numa opção muito apetecível para o Nissan Qashqai. O motor revelou-se um parceiro vivaz e sempre solicito, mas também refinado, permitindo ao mesmo tempo consumos razoáveis — o 1.5 dCi consome ainda menos, é certo, mas a combinação performance/agradabilidade/consumos do 1.3 DIG-T é superior.
O Nissan Qashqai 1.3 DIG-T 140 cv N-Connecta custa 30 400 euros — inclui 500 euros para as jantes de 18″ da nossa unidade —, enquanto o 1.3 DIG-T 160 cv Tekna custa 34 600 euros.
Nota: Na ficha técnica abaixo, os valores entre parêntesis referem-se ao 1.3 DIG-T de 160 cv.

Nissan Qashqai 1.3 DIG-T N-Connecta e 1.3 DIG-T Tekna
Os motores Diesel são cada vez menos procurados neste segmento. O facto de serem mais caros não explica tudo. Parte desta migração deve-se ao salto «gigante» que os motores a gasolina deram em termos de consumo e agradabilidade de condução. O motor a gasolina deste Nissan Qashqai 1.3 DIG-T é um bom exemplo.
Prós
- Motor
- Despachado q.b.
- Consumos moderados
Contras
- Bagageira
- Visibilidade (manobras)
- Alguns materiais/montagem melhoráveis
Versão base:€29.900
IUC: €171
Classificação Euro NCAP:
€30.400
Preço unidade ensaiada
- Arquitectura:4 cil. em linha
- Capacidade: 1332 cm3 cm³
- Posição:Dianteira Transversal
- Carregamento: Inj. Direta, Turbo, Intercooler
- Distribuição: 2 a.c.c., 4 válv. por cilindro
- Potência: 140 cv às 5000 rpm (160 cv às 5500 rpm)
- Binário: 240 Nm às 1600 rpm (260 Nm às 2000 rpm)
- Tracção: Dianteira
- Caixa de velocidades: Manual de 6 vel.
- Comprimento: 4394 mm
- Largura: 1806 mm
- Altura: 1590 mm
- Distância entre os eixos: 2646 mm
- Bagageira: 430 l
- Jantes / Pneus: 215/55 R18 (225/45 R19)
- Peso: 1375 kg (1375 kg)
- Média de consumo: 7,1 l/100 km (7,1 l/100 km )
- Emissões CO2: 160 g/km (160 g/km )
- Velocidade máxima: 193 km/h (200 km/h)
- Aceleração máxima: >10,5s (8,9s)
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