Conduzi o novo BYD Atto 2 que faz mais de 200 km em autoestrada

Nesta versão o BYD Atto 2 prefere a cidade. Mas há potencial para mais.

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A BYD é das marcas chinesas mais faladas do momento. Não é por acaso. A sua estratégia tem dado frutos e os seus produtos tem merecido a atenção dos consumidores. Os números atestam a dinâmica da marca: em apenas quatro anos a produção anual passou dos 500 mil para mais de quatro milhões de carros.

O objetivo para 2025 é ambicioso: superar os cinco milhões de unidades. É aqui que entra o protagonista deste artigo, o BYD Atto 2. Este SUV poderá ser uma preciosa ajuda para alcançar este objetivo. Aponta a um dos segmentos com maior crescimento na Europa e tem argumentos muito importantes: preço, equipamento e tecnologia.

Neste vídeo, explico tudo o que pode esperar deste modelo cujo preço começa nos 31 490 euros:

Um dos melhores do segmento

Como referi no vídeo, nota-se que a BYD deu o seu melhor neste modelo. O BYD Atto 2 tem um dos melhores interiores do segmento. Tem espaço, bons materiais e uma montagem que não merece reparos.

Sem recorrer a uma fita métrica, talvez apenas o Kia EV3 — que é mais caro, mas também tem baterias maiores — seja capaz de oferecer mais espaço. Neste particular, faz um jogo muito similar ao Citroën ë-C3 Aircross, cujo valor base é 6000 euros mais baixo, mas o BYD vence o modelo francês no equipamento e na tecnologia disponível.

As comparações com a concorrência podiam continuar — o Peugeot e-2008 está a ouvir… —, mas corro o risco de perder o foco do essencial que está descrito no primeiro parágrafo.

Além disso, a lista de equipamento de série também é muito generosa, não faltando sequer teto panorâmico em todas as versões. Todos os detalhes no vídeo.

Apto para a cidade e não só

Neste primeiro teste em vídeo tive oportunidade de conduzir o BYD Atto 2 em cidade, estrada e autoestrada. Devido à capacidade da bateria, que se fica pelos 45 kWh (42,4 kWh úteis de acordo com o Green NCAP), as suas ambições ficam-se, para já, pelos dois primeiros cenários.

Mas decidi destacar a autonomia em autoestrada porque nota-se que este BYD Atto 2 não foi desenvolvido para ficar pela cidade, basta conduzi-lo para perceber isso. Há potencial e ambição para mais.

O comportamento do chassis, a taragem das suspensões e a potência do motor permitem sonhar com distâncias maiores entre cargas. É o melhor elogio que posso fazer a este modelo.

Numa segunda fase a BYD vai lançar, precisamente, um Atto 2 com baterias maiores, mas para já é isto que temos: um modelo que anuncia 312 km de autonomia em ciclo combinado WLTP. Um valor que pode aumentar substancialmente circulando apenas em cidade e diminuir na mesma proporção assim que entramos numa autoestrada.

Outro problema neste cenário de viagem mais longa? Mesmo num carregador rápido a velocidade não supera os 65 kW. É curto.

Um bom preço e muito equipamento

Se numa primeira fase a estratégia da BYD não dava muita ênfase ao preço, neste momento o preço é precisamente um dos destaques.

O BYD Atto 2 base custa 31 490 euros e a versão mais equipada está a uma distância de apenas 1500 euros. É um valor muito justo por um modelo com este nível de equipamento.

Pela frente terá uma feroz concorrência, neste segmento (já mencionei alguns) e noutros também: o seu irmão BYD Dolphin, por exemplo, ou até mesmo o Renault Megane E-Tech do segmento acima. Isto num segmento do mercado onde o preço por vezes não é tudo.

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Veja-se o exemplo do Volvo EX30, que apesar de ser mais caro que grande parte da concorrência (dependerá da configuração), tem sido dos modelos mais vendidos neste segmento. Tal como o BYD Atto 2, também é produzido na China, mas o EX30 já tem as malas feitas para a Europa. A produção europeia deste modelo começa este ano, conseguindo assim «fintar» as tarifas aos elétricos produzidos na China.

Muitos motivos para estar atento a este segmento, cada vez mais… electrizante.