Ensaio Já conduzimos o novo BYD Dolphin e explicamos tudo neste vídeo

Desde 29.990 euros

Já conduzimos o novo BYD Dolphin e explicamos tudo neste vídeo

O BYD Dolphin é o modelo mais acessível da marca à venda em Portugal. Um modelo com bons argumentos proposto por um preço adequado.

BYD Dolphin

8/10

O BYD Dolphin coleciona muitos argumentos para além do preço.

Prós

  • Preço;
  • Equipamento de série;
  • Conforto de rolamento;
  • Autonomia;

Contras

  • Velocidade de carregamento;
  • Capacidade da bagageira;
  • Design pouco inspirado;

A promessa é tentadora: ter um pequeno familiar elétrico por menos de 30 mil euros. Foi com este argumento que a BYD prendeu seguramente a atenção de muitos portugueses. Infelizmente, não testei essa versão de «entrada» do Dolphin, mas testei a versão mais equipada de todas para ver o que vale este pequeno familiar chinês.

Seja como for, acreditem que os argumentos do BYD Dolphin não se esgotam no preço — mais adiante veremos que talvez o preço nem seja o seu argumento principal. É que apesar do nome simpático, o que este Dolphin quer mesmo é nadar no «tanque dos tubarões» dos carros 100% elétricos.

Neste vídeo, ponto a ponto, explico porquê:

Qualidade em bom plano

Os preconceitos relativamente aos carros chineses são uma realidade. E só há uma forma de combater essa percepção: oferecendo qualidade. É isso que encontramos no interior do BYD Dolphin, materiais de boa qualidade e montagem rigorosa. Nada demasiado impressionante mas seguramente acima das expectativas.

Sim, o design pode ser discutível, tanto por dentro como por fora. Mas a qualidade está em linha com aquilo que esperamos (e exigimos) das principais marcas generalistas europeias.

BYD Dolphin tabliê
© Razão Automóvel Segundo a BYD, o design geral do Dolphin foi inspirado no animal que lhe empresta o nome: um golfinho.

Dando exemplos concretos, continuo a preferir o habitáculo do Renault Mégane E-Tech em toda a linha — o preço também é outro… — mas este BYD Dolphin está longe de fazer má figura.

Como mostrei no vídeo, há detalhes interessantes como é o caso do sistema de infotainment com ecrã rotativo — uma funcionalidade inútil mas curiosa — ou, por exemplo, a presença de várias entradas do tipo USB-C. Mas depois há outros detalhes menos bem conseguidos, como por exemplo o sistema de infotainment que tem demasiadas opções, é confuso e não tem Apple Car Play sem fios.

BYD Dolphin traseira 3/4
© Razão Automóvel Na nossa equipa, a secção traseira foi a que reuniu maior consenso.

Detalhes que esquecemos assim que olhamos para a lista de equipamento de série. É muito completa e não falta nada. Principalmente nesta versão que testei, que é a mais cara: custa 37.690 euros.

Por este valor já temos direito ao maior pack de baterias disponível com 60,4 kWh, 150 Kw (204cv) de potência máxima, bancos aquecidos, teto panorâmico e câmaras 360º entre muitos outros dispositivos. É que mesmo na versão base o Dolphin oferece de série bancos com ajustes elétricos, entre muitos outros elementos pouco comuns nesta faixa de preço.

Tudo bom excepto uma coisa

Como refiro no vídeo, o novo BYD Dolphin recorre à nova plataforma 3.0 da marca. É desta base que nascem outros modelos como, por exemplo, o SUV Atto 3.

Uma plataforma nova, cheia de virtudes, entre elas o bom rigor dinâmico e o ainda melhor conforto de rolamento. Mas no melhor pano cai a nódoa. E por «nódoa» entenda-se o funcionamento do leitor de sinais de trânsito que está constantemente a induzir-nos em erro. Explico tudo neste vídeo em destaque:

Em tudo o resto as palavras relativas ao Dolphin são de elogio, sendo certo o destaque vai para o conforto. A resposta do motor também convence.

Preço competitivo

Quem quiser comprar a versão mais barata do BYD Dolphin vai ter de esperar até janeiro. Só nessa altura é que chega a versão de entrada ao nosso país pelos prometidos 29.900 euros. A versão que eu testei custava mais: 37.690 euros.

BYD Dolphin perfil
© Razão Automóvel Nesta versão com bateria de 60,4 kWh o Dolphin oferece 427 km de autonomia em ciclo WLTP. Um valor realista.

Um valor simpático, mas que o coloca o Dolphin em disputa direta com modelos como, por exemplo, o Peugeot e-2008 nas versões intermédias ou com o Renault Mégane E-tech na versão de acesso. Como disse mais acima, o Dolphin responde a estes modelos com uma dotação de equipamento muito extensa.

Veredito

BYD Dolphin

8/10

O BYD Dolphin é um excelente produto com um ótimo preço. Um caldeirão de qualidade que só é beliscado por dois detalhes: um design pouco inspirado e uma bagageira de apenas 345 litros.

Prós

  • Preço;
  • Equipamento de série;
  • Conforto de rolamento;
  • Autonomia;

Contras

  • Velocidade de carregamento;
  • Capacidade da bagageira;
  • Design pouco inspirado;

Especificações técnicas

Versão base:29.990€

Classificação Euro NCAP: 5/5

36.690€

Preço unidade ensaiada

  • Arquitectura:Permanent Magnet Synchronous Motor
  • Potência: 204 cv
  • Binário: 310 Nm

  • Tracção: Dianteira

  • Comprimento: 4290
  • Largura: 1770
  • Altura: 1570
  • Distância entre os eixos: 2700
  • Bagageira: 345 litros
  • Peso: 1658

  • Média de consumo: 15,9 kWh
  • Velocidade máxima: 160 km/h
  • Aceleração máxima: >9 segundos

    Tem:

    • Jantes de liga leve;
    • Câmaras 360º;
    • Sistema de infotainment;
    • Bancos aquecidos;
    • Bancos eletrónicos;
    • Travagem automática;
    • Leitura de sinais de trânsito;
    • Apple CarPlay e Android Auto;
    • Sistema V2L;
    • Pele Vegan;
    • Ecrã tátil rotativo de 12,8″
    • Cruise control adaptativo;