Renault Rafale E-Tech full hybrid
Um sistema híbrido eficiente e uma estética arrojada são apenas o ponto de partida na experiência de condução do Renault Rafale.
Prós
- Comportamento dinâmico
- Espaço disponível no habitáculo
- Médias de consumo
- Sistema híbrido
Contras
- Acabamentos em preto brilhante
- Demasiadas hastes atrás do volante
- Preço da unidade ensaiada
- Visibilidade traseira
Numa era em que a Renault continua a «pescar» designações do passado para os seus novos modelos, a presença do nome Rafale sobressai mais do que as restantes novidades. Ainda que já faça parte da história da marca francesa há quase um século, esta é a primeira vez que o nome Rafale é utilizado num automóvel.
Em termos de posicionamento na gama, esta nova aposta da Renault é uma espécie de Austral com um formato de coupé e que também já inclui a nova imagem de família da autoria de Gilles Vidal. Aliás, até o sistema híbrido é precisamente o mesmo do Austral e do Espace e é um de dois disponíveis.
Para este ensaio, recebemos a visita da versão que dispensa a utilização de tomadas para carregar a parte elétrica do sistema híbrido. Tal como (ainda) acontece com a grande maioria dos automóveis, o Renault Rafale E-Tech full hybrid só precisa de ser abastecido com combustível para andar. O sistema híbrido faz o resto.
Descubra as diferenças
Uma vez que a estética deste novo modelo já foi mais do que discutida por nós desde o seu lançamento, passo diretamente para o habitáculo. O Rafale identifica-se detetando a proximidade do cartão, bastando abrir a porta e entrar.
Já ao volante, as semelhanças com o Austral são mais do que óbvias, com destaque para o ecrã central com uma orientação vertical e ligeiramente virado para o lado do condutor. O apoio de mãos, por cima da plataforma de carregamento por indução para o telefone, também é precisamente o mesmo.
No interior, uma das diferenças é a acanhada visibilidade traseira, que é compensada pela presença de câmaras na altura das manobras. Mais importante, é a presença do sistema 4Control, de quatro rodas direcionais, que transforma qualquer manobra complicada numa brincadeira de crianças. Mas já lá vamos.
Espaço mais que suficiente
Normalmente, quando se fala em coupé, imaginamos de imediato um espaço mais acanhado a bordo, mas no Renault Rafale não é isso que acontece. Quem se senta nos lugares traseiros tem direito a imenso espaço, tanto para as pernas como em altura.
Além disso, estão presentes diversos espaços de arrumação e tomadas USB suficientes para carregar os dispositivos de todos quantos possam viajar a bordo. Por cima do habitáculo, o teto panorâmico em vidro melhora o ambiente e inclui um sistema que o torna transparente ou fosco. Já os acabamentos em preto brilhante são um íman para pó e dedadas.
Atrás da segunda fila de assentos, há uma bagageira com uma capacidade de 530 l, suficiente para tudo o que quisermos transportar. Na parte da frente, encontramos assentos com um visual personalizado, mais desportivo e com um apoio lateral evidenciado. A posição de condução é excelente e conta com regulações amplas no assento e na coluna da direção.
Tecnologia de serviço ao Rafale
Nas costas dos assentos, o logótipo da Alpine não é apenas brilhante, é mesmo iluminado com LED. Em conjunto com a iluminação ambiente personalizável, é um detalhe que torna a experiência de utilização ainda mais cativante para que gosta de tecnologia. Mas para este tema, há outro nome em destaque.
A presença do Google no sistema operativo traz inúmeros benefícios e aplicações. Entre elas, o assistente de voz, os mapas para o sistema de navegação e a personalização com a nossa conta pessoal. Algo que se traduz no acesso aos nossos locais favoritos, bem como a inúmeras definições.
Para reforçar a imagem do Rafale, a Renault não dispensou a presença de uma instrumentação digital com um novo grafismo e uma interface de utilizador mais simples. No ecrã central, há cores mais vivas e uma imagem mais definida, que muda consoante o modo de condução escolhido.
Confundir os sentidos
A presença do sistema de quatro rodas direcionais na versão Esprit Alpine do Renault Rafale é um dos principais destaques no capítulo da condução. Primeiro pelo motivo que já comentei no início e que facilita qualquer manobra. E depois porque as mudanças de direção em estradas sinuosas são bem mais acutilantes do que o habitual.
Mais ainda com a presença de uma direção direta e que não deixa o volante dar muito mais do que duas voltas entre batentes. Para quem vai ao volante até é divertido, para quem for mais distraído com a paisagem, nem tanto.
Juntamente com a presença de jantes com 20” de diâmetro, as estradas mais sinuosas tornam-se mais interessantes. A desvantagem é que os níveis de aderência surgem mais tarde e sem grande aviso prévio. Ainda assim, para um SUV híbrido com mais de 1700 kg, o Renault Rafale não se «safa» nada mal em traçados mais exigentes, bem pelo contrário, atrevo-me a dizer.
Híbrido sem «exigências»
O sistema E-Tech Full Hybrid pertence ao grupo dos que não têm de se ligar à tomada para carregar a bateria. Ou seja, como tantos outros automóveis, basta colocar gasolina e seguir viagem.
Para obter os 200 cv de potência máxima combinada que anuncia, o Rafale combina um motor a gasolina de três cilindros de 1,2 litros (turbo) com dois motores elétricos: um tem 50 kW (68 cv) e 205 Nm, e responsabilidades de tração; o outro, mais pequeno, com 25 kW (34 cv) e 50 Nm, serve de gerador.
A somar a isto, foi instalada uma pequena bateria de 2 kWh, que consegue que o motor térmico seja «dispensado» em diversos momentos, especialmente quando circulamos em cidade.
Tudo isso resulta em médias de consumo que conseguem passar para baixo da fasquia dos cinco litros, se tivermos cuidado com o pedal da direita, mas também se soubermos usar o da esquerda e aproveitar todos os momentos de regeneração de energia.
Já em estrada, ou autoestrada, a parte elétrica do sistema perde a vez, deixando que seja o motor de combustão a marcar presença durante mais tempo. O que, dependendo da pressa do condutor, se pode traduzir num valor de consumo acima dos sete litros.
Com tudo isto em consideração, e apesar dos momentos em que estivemos entretidos a desafiar as leis da física com a ajuda do sistema de quatro rodas direcionais, chegámos ao final deste ensaio com o computador de bordo a assinalar médias de consumo de 6,5 l/100 km.
Descubra o seu próximo automóvel:
Tecnologia que se faz pagar
O Renault Rafale que tivemos oportunidade de testar é o que inclui a presença do sistema híbrido (não plug-in) e do nível de equipamento Esprit Alpine. Uma combinação que tem um valor inicial de 50 mil euros. Com os extras presentes na unidade ensaiada, o preço final já fica acima dos 57 800 euros.
Em alternativa, a Renault propõe a versão Techno, mais acessível, por menos 4500 euros. No entanto, perde-se a decoração com os elementos exclusivos da versão Esprit Alpine e muitos dos equipamentos que são de série e que passam a estar na lista de opcionais.
Veredito
Renault Rafale E-Tech full hybrid
O Renault Rafale destaca-se pelo design moderno, espaço generoso e tecnologia avançada. Com um sistema híbrido eficiente e o 4Control para maior agilidade, oferece uma condução divertida. Contudo, o preço elevado na versão Esprit Alpine pode afastar alguns potenciais compradores.
Prós
- Comportamento dinâmico
- Espaço disponível no habitáculo
- Médias de consumo
- Sistema híbrido
Contras
- Acabamentos em preto brilhante
- Demasiadas hastes atrás do volante
- Preço da unidade ensaiada
- Visibilidade traseira
Especificações técnicas
Versão base:45.500€
IUC: 111€
Classificação Euro NCAP:
57.807€
Preço unidade ensaiada
- Arquitectura: 3 cilindros em linha
- Capacidade: 1199 cm³
- Posição: Dianteira, transversal
- Carregamento: Injeção direta; Bateria: 2 kWh
- Distribuição: 2 a.c.c. / 4 válvulas por cilindro (12 válv.)
- Potência:
Motor de combustão: 131 cv às 4500 rpm
Motor elétrico 1 (gerar corrente elétrica): 25 kW (34 cv)
Motor elétrico 2 (Impulsionar as rodas): 50 kW (68 cv)
Potência máxima combinada: 200 cv - Binário: 205 Nm
- Tracção: Dianteira
- Caixa de velocidades: Automática multimodo
- Comprimento: 4710 mm
- Largura: 1866 mm
- Altura: 1613 mm
- Distância entre os eixos: 2738 mm
- Bagageira: 530 litros
- Jantes / Pneus: 245/45 R20 99V
- Peso: 1660 kg
- Média de consumo: 4,7 l/100 km
- Emissões CO2: 107 g/km
- Velocidade máxima: 180 km/h
- Aceleração máxima: >8,9s
- Airbags laterais, central e de cortina
- Alerta de ângulo morto e prevenção de saída da faixa de rodagem em ultrapassagem de emergência
- Alerta de fadiga e sonolência do condutor
- Alerta de obstáculo traseiro com travagem ativa de emergência em manobras de marcha-atrás
- Ar condicionado automático em 2 zonas
- Aviso de saída segura dos ocupantes
- Carregador de smartphone por indução
- Cartão Renault mãos-livres
- Design Esprit Alpine com grelha axadrezada
- Ecrã do painel de instrumentos de 12.3”
- Estofos em TEP e Alcantara® com logótipo luminoso Alpine
- Jantes em liga leve de 20″ com corte diamantado castellet
- Luzes traseiras LED com efeito 3D e indicadores traseiros dinâmicos
- Purificador de ar do habitáculo
- Retrovisor exterior em preto
- Sistema 4Control Advanced
- Sistema de aquecimento dos bancos dianteiros
- Sistema de controlo de velocidade inteligente
Tem:
Pintura metalizada Azul Cume com tejadilho Preto Estrela: 1250 €
Pack Driving & Heating: 800 €
Pack City Premium: 800 €
Pack Harman Kardon®: 950 €
Teto Panorâmico Opacificante Solarbay®: 1500 €
Bancos dianteiros elétricos com memória e banco do condutor com regulação lombar e massagem: 800 €
Head-up display de 9,3″: 700 €
Sabe esta resposta?
Que modelo Renault de produção chegou a ser o mais rápido sobre gelo nos anos 80?
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Pode encontrar a resposta aqui:
Renault 21 Turbo. Em 1988 era o carro MAIS RÁPIDO DO MUNDO sobre o geloParabéns, acertou!
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Teste ao Renault Rafale E-Tech. O segredo está no sistema híbrido
A versão híbrida do Renault Rafale dispensa ligações a tomadas, mas inclui 200 cv de potência e claras vantagens numa utilização diária.
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