Audi A3 Allstreet 1.5 TFSI
Primeiras impressões
Data de comercialização: Setembro 2024
O Audi A3 agora tem uma versão mais aventureira para quem gosta de sair de estrada. Mas será que o inédito A3 Allstreet ainda é um… A3?
Prós
- “Ar” de crossover
- Conforto sobre maus pisos
- Possibilidade de circular em caminhos não asfaltados
- Qualidade geral
Contras
- Preço estimado
- Túnel intrusivo no piso atrás
- Seletor de modos de condução antiquado
- Pouca evolução face ao antecessor (Sportback e Limousine)
Um dos poucos segmentos de mercado em que a Audi está, desde sempre, à frente das suas arqui-rivais BMW e Mercedes-Benz é o dos modelos compactos em que o A3 se inscreve — Segmento C Premium.
Para tentar continuar com essa vantagem, o Audi A3 acaba de receber uma pequena renovação e uma carroçaria «diferenciada», denominada Allstreet: usa a mesma base do Sportback (cinco portas, que é, de longe a silhueta com mais procura) mas tem uma altura ao solo elevada em três centímetros.
No exterior, além da altura, as diferenças são pouco visíveis. Nas versões «não all-street» as maiores alterações estão na grelha frontal mais larga e com ausência de moldura, nos «piscas» com novas funções e no para-choques traseiro que integra um novo difusor.
Fique a saber tudo o que mudou: Audi A3 2024 ganha novo Allstreet de «calças arregaçadas»Já a versão que conduzimos neste teste, a Allstreet, distingue-se pela colocação mais alta da grelha frontal, em preto baço, e por três ranhuras específicas que estão integradas no lábio da saia dianteira. A suspensão tem uma afinação específica para esta versão e as barras no tejadilho são de série.
Estilo atualizado a bordo
No interior, temos novas saídas de ventilação do lado do condutor, puxadores das portas com um novo desenho e um comando da caixa de velocidades mais baixo e pequeno. Além disso, há inserções decorativas numa mistura de microfibra e poliéster no tabliê e nos painéis das portas, um novo volante de três raios e uma melhoria no sistema de iluminação ambiente, com mais cores e em mais zonas.
O painel de instrumentos continua a ser totalmente digital e mantém-se o ecrã central de comando tátil com 10,1, ainda que este último conte agora com uma «loja» a partir da qual se podem descarregar aplicações de terceiros.
Também presente no equipamento de série está uma plataforma destinada ao carregamento do telemóvel por indução e diversas tomadas USB-C à frente e atrás. E não faltam as ligações aos smartphones através de Apple CarPlay ou Android Auto.
Sobra qualidade, falta novidade
Um dos poucos pontos que podem ser criticados no interior do Audi A3 é a falta de revestimento nas bolsas das portas. Mas nesta versão de equipamento S-Line, a presença de Alcântara na zona central do tabliê, os encostos de cabeça integrados e a zona central acolchoada denunciam que estamos a bordo de uma versão de topo.
A oferta de espaço é ampla para quatro ocupantes. Sentado atrás, com 1,80 m de altura, ainda tinha três dedos disponíveis acima da cabeça e cinco dedos entre os joelhos e as costas dos bancos dianteiros. Por outro lado, é impossível ignorar a presença do enorme túnel no piso, que incomoda (e muito) o passageiro central.
O porta-bagagens oferece os mesmos 380 litros de capacidade das restantes versões, existindo ainda uma rede no piso, para evitar que os objetos lá colocados se desloquem com o carro em movimento.
A3 Allstreet em estrada
Em estrada, continuam a notar-se algumas hesitações e uma ou outra reação mais brusca, principalmente nos arranques, ainda que os engenheiros da Audi afirmem ter melhorado o software da caixa de velocidades.
Contudo, em movimento lançado, a suavidade e a rapidez das passagens de caixa convencem na plenitude, as quais podem ser feitas através das patilhas atrás do volante.
Os modos de condução são os habituais Efficiency, Comfort, Auto, Dynamic e Individual, este último com parâmetros personalizáveis para a resposta do motor e para a direção. Em “Dynamic”, o motor e caixa reagem com maior prontidão, essencialmente pela variação da resposta da transmissão.
O motor — 1.5 a gasolina com 150 cv — ganha vivacidade acima das 1750 rpm, mas o «empurrão» dado por um pequeno motor elétrico de 20 cv e 25 Nm, contribui para tornar as recuperações de velocidade mais rápidas.
Quanto a prestações, os 8,6s na aceleração dos 0 aos 100 km/h e os 221 km/h anunciados para a velocidade máxima confirmam que o Audi A3 Allstreet é um carro suficientemente rápido para a maioria dos potenciais clientes.
A direção é muito direta mas oscila entre ultraleve e leve, fazendo falta uma afinação mais pesada para o modo de condução mais desportivo. A propósito, o comando dos modos de condução é o mesmo de sempre e já merecia uma revisão.
Tinha curiosidade em saber como ficou o comportamento deste Audi A3 Allstreet, tendo em conta a superior altura ao solo, mas graças à configuração da unidade ensaiada, não poderia ter corrido melhor.
Eu explico: é verdade que se nota — em rotundas e mudanças de direção mais repentinas — uma maior inclinação da carroçaria. No entanto, como este Allstreet estava equipado com pneus mais largos e de perfil mais reduzido (face aos fornecidos no equipamento de série), a compensação da altura adicional foi feita de uma forma mais simples. E sem gerar um desconforto excessivo, mesmo em mau piso.
Quando chega?
Ainda não há preços divulgados para este modelo, que só deverá chegar ao mercado português em setembro. Contudo, a alteração do motor da versão de acesso à gama — do 1.0 de três cilindros para o 1.5 de quatro cilindros — deverá colocar o preço base do A3 mais perto dos 35 mil euros do que dos 31 700 euros que custava o anterior.
Em termos de mercado, não se esperam vendas substanciais desta versão Allstreet, mas talvez um pouco acima da sua quota de apenas 10% no Audi A1 Allstreet.
Não obstante, isso também vai depender do plano de marketing que for adotado: se for similar ao da Alemanha, onde o Allstreet custa apenas mais 1800 euros do que o Sportback «normal», poderá haver clientes, mas se se seguir a estratégia espanhola (em que há mais de 3500 euros a separar a versão de equipamento S Line, mais equiparável ao do Allstreet), a procura poderá ser mais reduzida.
Veredito
Audi A3 Allstreet 1.5 TFSI
Primeiras impressões
Data de comercialização: Setembro 2024
Prós
- “Ar” de crossover
- Conforto sobre maus pisos
- Possibilidade de circular em caminhos não asfaltados
- Qualidade geral
Contras
- Preço estimado
- Túnel intrusivo no piso atrás
- Seletor de modos de condução antiquado
- Pouca evolução face ao antecessor (Sportback e Limousine)
Especificações técnicas
Audi A3 Allstreet 1.5 TFSI | |
---|---|
Motor (gasolina) | |
Arquitetura | 4 cilindros em linha |
Posicionamento | Dianteiro, transversal |
Capacidade | 1498 cm3 |
Distribuição | 2 a.c.c., 4 válv./cil., 16 válvulas |
Alimentação | Injeção direta, turbo de geometria variável Intercooler |
Potência | 150 cv / 5000-6000 rpm |
Binário | 250 Nm a partir das 1500 rpm |
Motor (elétrico) | |
Potência | 20 cv |
Binário | 25 Nm |
Transmissão | |
Tração | Dianteira |
Caixa de velocidades | Automática S-tronic de dupla embraiagem e 7 velocidades |
Bateria | |
Tipo | Iões de lítio |
Capacidade | N.D. * |
Chassis | |
Suspensão | FR: Independente, McPherson TR: Independente, multibraços |
Travões | FR: Discos ventilados; TR: Discos |
Direção | Assistência elétrica |
Nº. voltas volante | 2,1 |
Diâmetro de viragem | 11,1 m |
Dimensões e Capacidades | |
Comp. x Larg. x Alt. | 4353 mm x 1816 mm x 1457 mm |
Distância entre eixos | 2630 mm |
Capacidade da mala | 380-1200 litros |
Pneus | 225/45 R18 |
Peso | 1425 kg |
Depósito de combustível | 50 litros |
Prestações e consumos | |
Velocidade máxima | 221 km/h |
0-100 km/h | 8,4s |
Consumo combinado | 5,6 l/100 km |
Emissões CO2 | 127 g/km |
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