Primeiro Contacto Autonomia elétrica duplicou. Novo CUPRA Formentor e-Hybrid

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Autonomia elétrica duplicou. Novo CUPRA Formentor e-Hybrid

Em equipa que ganha também se mexe e por isso mesmo a CUPRA acaba de renovar o Formentor. Será que ficou melhor?

CUPRA Formentor

Primeiras impressões

8/10

Data de comercialização: Setembro 2024

O Formentor é o modelo mais vendido da CUPRA. E depois desta renovação, não vejo qualquer motivo para isso mudar nos próximos tempos…

Prós

  • Diversidade de motorizações
  • Autonomia elétricas das versões e-Hybrid
  • Comportamento dinâmico
  • Visual marcante

Contras

  • Ausência de comandos físicos para a climatização
  • Preço de algumas versões

Quando pensamos na CUPRA, o Formentor é o primeiro modelo que imaginamos. E é natural que assim seja, afinal este SUV foi o primeiro modelo criado de raíz para ser um CUPRA e isso foi fundamental para quebrar o elo que ligava esta jovem marca à SEAT.

E esta fórmula não podia ter corrido melhor, com o Formentor a afirmar-se muito rapidamente como o porta estandarte de tudo o que a CUPRA representa. E para se perceber a importância que ele continua a ter, importa recordar que só em 2023 foram vendidos mais de 120 000 exemplares deste SUV.

Mas porque em equipa que ganha também se mexe, a CUPRA não quis perder tempo e decidiu renová-lo, dando-lhe novos argumentos para que ele continue a ser um dos SUV mais interessantes do seu segmento. Será que conseguiu? Fomos conduzi-lo e descobrir a resposta:

Por fora, as alterações mais óbvias aconteceram na dianteira, que passou a contar com a linguagem mais recente da CUPRA, que já tínhamos visto recentemente no Tavascan.

Por isso mesmo, deixámos de contar com a habitual grelha única com moldura em cobre, que foi substituída por duas enormes entradas de ar, que conferem ao Formentor um visual bem mais agressivo.

A juntar a isso, a assinatura luminosa também evoluiu, quer na dianteira, graças ao novo sistema LED Matrix (opcional), quer na traseira, onde encontramos uma barra horizontal em LED, com o logótipo da CUPRA iluminado ao centro.

De perfil, quase tudo igual, com exceção de alguns detalhes de estilo, a começar logo pelas jantes, que receberam novos desenhos.

Cupra Formentor perfil
© CUPRA

Interior mudou onde era preciso

Por dentro, a primeira coisa que reparamos é que no geral, é praticamente tudo igual. E se querem a minha opinião, acho que este habitáculo continua a cumprir. Porém, a CUPRA soube mudar aquilo que era necessário, nomeadamente o sistema de infotainment, que evoluiu bastante.

Quanto ao ecrã multimédia, passou de 12” para 12,9”, e graças a um processador mais potente e a um software mais moderno, é capaz de nos proporcionar uma experiência de utilização bem mais agradável do que antes.

Compatível com Apple CarPlay e Android Auto sem fios, este sistema multimédia pode agora também fazer equipa, de forma opcional, com um sistema de som da Sennheiser, com 12 altifalantes, que é um extra obrigatório para quem gosta de transformar o carro numa sala de concertos.

Quanto ao espaço, o Formentor continua a dar boa conta de si. Mas se quiserem ver em detalhe os lugares traseiros e a bagageira, convido-vos a verem o vídeo que surge em destaque neste artigo.

Modelo que nasce bem…

…raramente piora com o tempo. Esta frase resume na perfeição este SUV, que me cativou desde a primeira vez que o conduzi, em 2019. O Formentor nasceu bem, muito por culpa do seu excelente chassis, e a CUPRA soube tirar proveito disso.

Graças ao ADN partilhado com modelos como o Golf, o Formentor sempre deu nas vistas por oferecer um excelente compromisso entre conforto e comportamento dinâmico. Não apenas nas versões mais «apimentadas», mas logo desde as versões de entrada.

Cupra Formentor frente
© CUPRA

Por isso mesmo, quando a conversa são SUV divertidos de conduzir, este jovem espanhol está sempre metido ao barulho. E depois desta atualização, tem ainda mais trunfos para «atirar» para cima da mesa.

O vasto leque de motorizações é, para mim, um dos maiores pontos a favor deste modelo. A gama arranca com o motor 1.5 TSI com 150 cv, que pode ser (ou não) associado a um sistema mild-hybrid de 48V. Já para os que preferem Diesel, é possível optar pelo conhecido motor 2.0 TDI do Grupo Volkswagen, que aqui surge combinado com uma caixa DSG de sete velocidades e entrega 150 cv.

117 km em modo elétrico

Depois, seguem-se duas versões híbridas plug-in (designadas e-Hybrid), uma com 204 cv de potência máxima combinada e outra com 272 cv (antes tinha 245 cv), que foi precisamente a que conduzimos neste vídeo:

Ambas contam com uma nova bateria, com 19,7 kWh de capacidade útil (antes tinha 10,8 kWh), que permite que a autonomia elétrica homologada ascenda aos 117 quilómetros, um número que praticamente dobra aquilo que a versão anterior era capaz de oferecer.

Não menos importante é o facto do Formentor e-Hybrid agora ser capaz de suportar carregamentos e corrente contínua (DC) de até 50 kW, ao mesmo tempo que pode carregar até velocidades de 11 kW em corrente alternada (AC).

Descubra o seu próximo automóvel:

O mais potente da gama

Apesar do Formentor e-Hybrid com 272 cv dar muito boa conta de si quando subimos o ritmo, até porque de forma opcional pode equipar travões Brembo e suspensão adaptativa com 15 níveis de dureza distintos, cabe ao Formentor VZ o papel de modelo mais desportivo da gama.

Graças a um motor 2.0 TSI turbo com quatro cilindros que agora produz 333 cv de potência, este passa diretamente a ser o Formentor de produção mais potente de sempre, isto se deixarmos de parte o antigo Formentor VZ5, com motor de cinco cilindros e 390 cv, que teve uma produção limitada a cerca de 7 mil exemplares.

https://youtu.be/-maOQBb4MBM?si=ARG2RLt02uY4WLqc

Contudo, pelo menos para já, o Formentor não conta com qualquer motorização de 5 cilindros disponível no seu catálogo. E isso torna esta VZ com 333 cv a mais potente que podem comprar.

Para testarmos esta motorização em pleno, a CUPRA, juntamente com a Polícia espanhola, encerrou um troço de montanha com cerca de 4 quilómetros de comprimento e meteu-nos a seguir a «roda» de Jordi Gené, piloto de testes da marca.

Por contarmos com tração integral 4Drive, mais potência, travões Akebono com pinças de seis pistões e, acima de tudo, um sistema de vetorização de binário no eixo posterior (o mesmo que encontramos no Volkswagen Golf R) que é capaz de enviar todo o binário (que vai para o eixo traseiro) apenas para uma roda, este Formentor está numa categoria superior a todos os outros.

Impressiona pela velocidade com que conseguimos atacar as curvas, bem como pela facilidade com que podemos «esmagar» o acelerador à saída das mesmas. Depois, salta a vista a agilidade, o facto do carro estar muito bem plantado na estrada (parece mais um hatchback do que um SUV) e claro, a afinação da direção, que tem um peso muito satisfatório.

Quanto custa?

Em Portugal, o novo CUPRA Formentor tem preços que começam nos 37 824 euros, para a versão 1.5 TSI com 150 cv, sendo que as primeiras unidades vão chegar ao nosso país durante o mês de setembro.

Quanto à versão mais potente da gama, a VZ com 333 cv, tem preços a começar nos 57 991 euros e só vai «aterrar» no nosso país durante o próximo ano.

Já o Formentor e-Hybrid, que me parece ser o mais interessante de toda a gama, está disponível com preços desde os 46 458 euros para a versão com 204 cv e desde os 53 457 euros para a proposta mais potente, com 272 cv.

Veredito

CUPRA Formentor

Primeiras impressões

8/10
Atualizar um best-seller nunca é uma tarefa propriamente fácil, mas a CUPRA soube mexer no Formentor e dar-lhe aquilo que ele mais precisava: um sistema de infotainment mais fluído e agradável de utilizar, mais autonomia elétrica para as versões PHEV e claro, uma lavagem de cara com as novidades que vimos recentemente no Tavascan. Pode não parecer muito, mas a juntar ao que o Formentor já tinha, tem tudo para continuar a ser uma fórmula de sucesso.

Data de comercialização: Setembro 2024

Prós

  • Diversidade de motorizações
  • Autonomia elétricas das versões e-Hybrid
  • Comportamento dinâmico
  • Visual marcante

Contras

  • Ausência de comandos físicos para a climatização
  • Preço de algumas versões